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MySpace no Brasil

 

Muita música, diversas comunidades e uma vasta rede virtual de conteúdo, amparada por grandes patrocinadores e investimento de alto porte. Sem revelar valores, executivos do MySpace lançam oficialmente hoje no País a versão brasileira da rede social online, que está presente em 22 países, com sede em Los Angeles (EUA) e que contabiliza cerca de 107 milhões de visitantes.

O Brasil é o primeiro país da América Latina a ter uma versão própria do MySpace, que foi criado pelos executivos Chris DeWolfe e Tom Anderson em janeiro de 2004 e comprado pela empresa de mídia News Corp., em julho de 2005, por quase US$ 600 milhões. DeWolfe e Anderson são atualmente CEO e presidente da empresa, respectivamente.

Kong (diretor-executivo do MySpace para América Latina) e Calegaretti, o diretor geral, adiantaram informações exclusivas e contaram as expectativas da empresa para o mercado brasileiro. Eles garantem que "está tudo pronto" para a estréia - na verdade, o MySpace brasileiro já esta no ar desde 5 de novembro em versão Beta, para que se pudesse testar o produto antes do lançamento oficial. O potencial de público mostra que o Brasil foi uma escolha acertada. "Já temos 1 milhão de usuários neste período. Estamos muito entusiasmados", afirma Kong.

O MySpace mira o público entre 14 a 30 anos, "das mais diversas camadas sociais", segundo Calegaretti. A rede oferece software de mensagens instantâneas, perfil de cada usuário, com quantidade de fotos ilimitadas e customização individual, além de outras ferramentas. A principal delas, e que agrada em cheio os adolescentes, é o conteúdo pop, focado na música. Na maior rede social online do mundo é possível divulgar sua banda, como fizeram aproximadamente 56 mil artistas nacionais, quando ainda não havia a versão brasileira. Para se ter uma idéia da repercussão que é possível ter no produto, a jovem inglesa Lily Allen (do hit "Smile") estourou internacionalmente por meio de seu blog no MySpace.

Secrets Shows

Bastante otimistas, apesar das similaridades com outros produtos já em utilização no País, os executivos não demonstram preocupação com outros fenômenos da internet: Orkut e MSN. "O mercado é grande, há espaço para todos. As pessoas podem usar mais de uma rede social. Não que ela vá usar cinco de uma vez, mas dois sim. São sítios de relacionamentos sociais, mas, com relação ao Orkut, temos diferenças", diz Kong. Entre elas, o diretor-executivo pontua cinco: a personalização de perfis de cada internauta; o foco na música e cultura pop; a forte segurança para coibir crimes virtuais; a publicidade e os eventos (Secret Shows).

O Secret Shows já acontece nas outras praças onde já existe o MySpace e no Brasil estreará no dia 19 deste mês, em São Paulo, com a apresentação da banda de rock NXZero, em local que ainda será anunciados, na próxima segunda-feira. Funciona assim: um mês antes é anunciado que haverá um show; a uma semana da data divulga-se a banda; e a 24 horas da apresentação é informado o local. Aqueles que chegarem primeiro com o comprovante de que são membros da comunidade do Secret Shows, garantem seus lugares.

No Brasil, o MySpace promete ainda trazer conteúdo com foco na cultura do País como, por exemplo, o futebol. "Estamos pensando em muita coisa que tem a ver com o Brasil", afirma Calegaretti.

Já com relação ao patrocínio, de fato, o MySpace tem bons atrativos para obter uma lucrativa receita. Sem os famosos 'pop ups', o produto investe em meios inovadores de inserção publicitária. Há uma ferramenta de fotos, por exemplo, em que o usuário visualiza as imagens por meio de uma telinha, que é, na verdade, uma reprodução de um celular da Nokia (uma das empresas que já garantiram seu lugar na rede). E a quantidade de empresas que podem entrar é ilimitada.

Além da publicidade, os executivos do MySpace no Brasil revelam estar em contato com outras empresas para expandir ainda mais o produto. Assim como nos Estados Unidos, onde várias celebridades têm seu perfil no MySpace, o mesmo deve acontecer no Brasil. As negociações já estão em andamento como emissoras, como a TV Globo e a Record, entre outras de canal pago, para que os artistas também estejam na rede. Os executivos apostam ainda em parcerias com grandes gravadoras e, inclusive, com operadoras de telefonia móvel para reproduzir o conteúdo do MySpace em celulares. Kong e Calegaretti informaram que as negociações devem ser fechadas até janeiro de 2008.

Apesar de ser um fenômeno no mundo, os executivos reconhecem que a vinda do MySpace ao Brasil acontece tardiamente, mas ponderam que o produto tem apenas três anos de vida e que a prioridade foi a expansão em países de língua inglesa, para então avançar entre os espanhóis, alemães e japoneses, antes de concretizar a tradução em português. "(A chegada do MySpace no Brasil) É um pouco tardia, mas estamos falando de uma coisa nova, criada há poucos anos. Chegamos aqui o mais rápido que conseguimos", diz Kong.

Segundo o diretor-executivo, o MySpace continua sendo um site "muito rentável" e sem limites para prosseguir com esta trajetória. "É o produto de internet que mais cresceu na história", frisa Kong. Agora, com o lançamento da versão brasileira e a próxima investida, prevista para o primeiro semestre de 2008, na Argentina, o MySpace deve ampliar o seu público e mais alguns milhões de internautas e também alavancar sua receita.

 

Fonte: br.noticias.yahoo.com

 

 

 

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