Amamentação pode aumentar o QI dos bebês
CHICAGO, EUA (AFP) - A amamentação pode
ter um efeito positivo sobre o desenvolvimento do QI (Quociente
Intelectual) de algumas crianças, segundo estudo publicado nesta
segunda-feira por Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
As crianças que demonstraram ganhos
no desenvolvimento cognitivo com a amamentação teriam uma versão
particular de um gene chamado FADS2.
No entanto, o estudo destacou que
somente a amamentação não é suficiente para aumentar o QI, pois isso
depende também de fatores ambientais (família, meio social) e
genéticos.
Segundo os pesquisadores que
realizaram este estudo com 3.000 bebês amamentados na Grã-Bretanha e
na Nova Zelândia, as crianças que tinham uma versão particular do
gene FADS2 têm em média um QI de 6,8 pontos mais alto que as demais.
Esta diferença persiste
independentemente do meio sócio-econômico da criança, o QI da mãe, o
peso do bebê no nascimento ou a idade da mãe durante a gestação.
"Durante pelo menos um século, a
discussão sobre a inteligência se limitou à diferença entre o que é
nato e o que foi adquirido. Descobrimos que o nato e o adquirido
andam juntos", disse Terrie Moffitt, professor de psicologia e das
ciências do cérebro na Duke University e no King's College de
Londres, e co-autor do estudo.
O gene FADS2 foi estudado porque ele
produz uma enzima encontrada no leite materno que ajuda a
transformar os ácidos graxos alimentares em ácidos graxos
polinsaturados que se acumulam no cérebro durante os primeiros meses
de vida do bebê. Alguns pesquisadores acreditam que esta enzima pode
ter uma influência sobre o desenvolvimento da inteligência
cognitiva.
A idéia de que a amamentação pode
aumentar o QI de uma criança surgiu em 1929 nas revistas
científicas.
Há um ano, um estudo publicado pelo
British Medical Journal indicava que o eventual aumento do QI não se
devia à amamentação, mas ao perfil sociológico das mães e ao
ambiente familiar.
De acordo com outro estudo publicado
nesta segunda-feira, os bebês que mamam no seio são menos sujeitos a
doenças cardíacas do que os bebês que mamam na mamadeira.
Segundo este estudo apresentado pelo
American Heart Association e realizado por Nisha Parikh, um
cardiologista do Beth Israel Deaconess Medical Center de Boston, as
crianças alimentadas no seio são, na vida adulta, 55% mais numerosas
do que as alimentadas na mamadeira a se beneficiarem de um alto
nível de HDL ("colesterol bom"), que ajuda a prevenir doenças
cardiovasculares.
Este estudo observou 393 mães e seus
962 filhos.
Fonte:
yahoo.com.br
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