HIV: instituto sueco espera obter vacina em 3 anos
(BR Press) - Cientistas do Instituto
Karolinska, da Suécia, uma das mais respeitadas instituições de
pesquisa do mundo, que indicou os vencedores do Prêmio Nobel de
Medicina 2007 (os geneticistas Mario R. Capecchi, Martin J. Evans e
Oliver Smithies), anunciaram na televisão sueca que esperam obter
uma vacina eficaz contra o vírus HIV, que pode causar Aids, dentro
de dois a três anos.
Os testes clínicos da vacina nas
fases 1 e 2, cujas pesquisas começaram há sete anos, mostraram que
97% dos 40 voluntários inoculados desenvolveram resposta imunológica
contra o HIV, resultados considerados "extremamente promissores",
conforme definiu, em entrevista à BBC Brasil, a cientista Britta
Wahren, responsável pelo projeto da vacina no Instituto Karolinska.
A vacina agora está sendo testada na
fase 2-A, em 60 voluntários na Tanzânia, e os primeiros resultados
indicam a possibilidade de sucesso. No próximo ano, o estudo sueco
entrará na chamada Fase 2-B, com os testes clínicos em larga escala.
Será uma fase crucial, com duração prevista de dois anos. A etapa
final será a Fase 3, que vai determinar o grau de proteção da vacina
� se ela, por exemplo, funcionaria também em pessoas já infectadas,
segundo informou a assessoria de imprenda do Karolinska.
Entre os diferenciais da vacina sueca
está o fato de ela inocular o paciente com vários tipos de HIV,
aumentando a resposta imunológica contra as variantes do vírus � uma
das características que têm impedido o sucesso de cerca de 200
vacinas desenvolvidas nos últimos 20 anos. São três doses
desenvolvidas pelo Instituto Karolinska, em cooperação com o
Instituto Sueco para Controle de Doenças Infecciosas (SMI), e uma
quarta pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.
"O estudo do Karolinska aplica três
doses iniciais com diversos subtipos de vírus HIV-1, seguidas por
uma segunda vacina destinada a reforçar a resposta imunológica",
ressaltou a pesquisadora. Hoje cerca de 40 milhões de pessoas são
portadoras do vírus HIV no mundo - 70% delas no continente africano.
No Brasil, uma estimativa da Organização Mundial da Saúde feita em
2006 diz que cerca de 620 mil pessoas vivem com o HIV.
Fonte:
yahoo.com.br
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