Mulher moderna "é menos feliz que homem"
Duas pesquisas americanas
chegaram, separadamente, à conclusão de que os homens de hoje são
mais felizes que as mulheres. Segundo as pesquisas, dos anos 70 para
cá os sexos trocaram de lugar na escala de felicidade: se naquela
época elas eram um pouco mais felizes do que eles, atualmente são
eles que levam vantagem.
Um estudo realizado pelo economista
Alan Krueger, da Universidade de Princeton, perguntou aos
pesquisados o que sentiam durante cada atividade que praticavam
durante o dia.
Homens e mulheres deram respostas
parecidas sobre o que gostavam de fazer (como sair com os amigos) e
do que não gostavam (como pagar contas).
Entretanto, o estudo observou
diferenças nas reações a diversas atividades.
Entre as mais curiosas, eles notaram
que homens sentem aparentemente bastante prazer em passar tempo com
seus pais, enquanto mulheres consideram esta atividade apenas um
pouco menos prazerosa que lavar roupa.
Outra conclusão foi de que, dos anos
60 até os dias de hoje, os homens foram reduzindo gradualmente as
atividades que consideravam desagradáveis.
Atualmente eles trabalham menos e
relaxam mais, disseram os cientistas, ao passo que a presença das
mulheres no mercado de trabalho foi crescendo.
Obrigações e frustração
Nos anos 70, a mulher gastava 23
horas semanais com atividades consideradas desagradáveis --40
minutos a mais que o homem.
Hoje, se as mulheres continuam
gastando o mesmo tempo em atividades de que não gostam, o tempo que
os homens perdem caiu para 21,5 horas - o que aumentou para 90
minutos a diferença entre um sexo e outro.
"As mulheres atualmente têm uma lista
muito mais longa de obrigações. E elas não conseguem fazer tudo,
portanto muitas delas acabam se sentindo um pouco frustradas",
avalia Krueger.
O casal de economistas Betsey
Stevenson e Justin Wolfers, da Universidade da Pensilvânia, chegaram
a uma conclusão semelhante em uma pesquisa que perguntava aos
entrevistados o quão satisfeitos eles estavam com suas vidas.
Em 1976, 16% dos homens estavam
satisfeitos com suas vidas; em 2007, a porcentagem subiu para 25%.
Já a porcentagem de mulheres felizes se manteve igual: 22%.
Na opinião de Stevenson, a mulher de
hoje provavelmente se sente menos feliz do que o homem porque, há
três décadas, tinha ambições muito menores.
Segundo ela, uma estudante de
Administração que encontrou recentemente resumiu o sentimento da
mulher moderna.
A estudante contou que a meta de vida
de sua mãe se resumia a ter um jardim bonito, uma casa organizada e
crianças educadas, que tivessem sucesso nos estudos.
"Eu também quero todas estas coisas,
mas também quero uma grande carreira e ter impacto em um mundo mais
abrangente", disse a estudante.
Fonte:
folha.uol.com.br
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