Cuba começa a
vender celulares para população no país
HAVANA (Reuters) - Centenas de
cubanos faziam fila na segunda-feira para comprar uma linha de
telefone celular depois de o presidente do país, Raúl Castro, ter
autorizado a obtenção desse serviço pelos moradores da ilha a fim de
facilitar a vida deles.
No final de março, o governo cubano
informou aos cubanos que eles poderiam obter esse serviço, antes
reservado aos estrangeiros e a alguns funcionários públicos.
"Essa é uma oportunidade única,
apesar dos altos preços. Essa é uma medida definitivamente
positiva", afirmou Betty Rodríguez enquanto esperava na fila de uma
agência telefônica do centro de Havana.
Desde que em fevereiro sucedeu de
forma definitiva a seu irmão Fidel Castro, hoje convalescente, Raúl
deu início ao discreto cancelamento de algumas das "proibições
excessivas" presentes na vida cotidiana dos cubanos.
Um exemplo: muitos dos cubanos que
possuem celulares atualmente os compraram dos estrangeiros que
visitam a ilha ou que moram no país. Os moradores de Cuba, no
entanto, não contavam com a titularidade da linha.
A nova medida não somente permitirá
que comprem pela primeira vez o serviço, a partir de segunda-feira,
como também facilitará a transferência de propriedade dos que tinham
linhas ilegais obtidas por meio de estrangeiros. A transferência
será gratuita e não alterará o número da linha, afirmou o governo.
"Antes, a gente precisava
desdobrar-se para que um estrangeiro nos desse uma linha. Essa é uma
decisão muito boa. Ela beneficia os cubanos e nos dá identidade",
disse Rosario Iglesias, 34, que também aguardava em uma das agências
habilitadas para vender as linhas de telefonia móvel em Havana.
Os cubanos pagarão as tarifas máximas
existentes hoje em dia, de 111 CUC, o equivalente a cerca de 120
dólares. Os contratos são pessoais para os maiores de 18 anos e só
há celulares do tipo pré-pago.
Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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