Dalai-lama diz
que China realiza "genocídio cultural" no Tibete
O líder espiritual do Tibete,
dalai-lama, afirmou nesta segunda-feira que Pequim promove um
"genocídio cultural" no território do Himalaia, apesar de as
autoridades chinesas negarem a acusação.
Em uma entrevista concedida à NPR,
rádio pública norte-americana, o líder exilado, 72, atualmente em
uma visita aos Estados Unidos, afirmou contudo que confia no seu
retorno a sua pátria.
O dalai-lama, em exílio na Índia após
fugir de uma revolta frustrada em 1959, disse lamentar o
desaparecimento da cultura tibetana sob a chamada norma de autonomia
de Pequim.
"Já que temos nossa própria e única
herança cultural, que inclui nossa língua, nossa escrita, estes
assuntos deveriam estar nas mãos do Tibete, que sabe de nossa
cultura, de nossa religião", disse.
"Com este plano atual, seja
intencional ou não, um tipo de genocídio cultural está sendo
efetuado", disse o líder, cuja visita aos Estados Unidos é sua
primeira viagem ao exterior desde o recrudescimento da repressão aos
protestos em favor do Tibete.
Os tibetanos no exílio afirmam que a
repressão deixou mais de 150 tibetanos mortos enquanto Pequim afirma
que os "revoltosos" tibetanos provocaram a morte de 20 pessoas nos
últimos distúrbios no território, iniciados no dia 10 de março.
Na próxima semana, uma autoridade do
governo Bush se reunirá com dalai-lama nos EUA, informou nesta
segunda um porta-voz do Departamento de Estado, Tom Casey.
A secretária de Estado adjunta,
encarregada da democracia e dos direitos humanos, Paula Dobriansky,
"se reunirá com o dalai-lama no dia 21 de abril em Michigan",
declarou o porta-voz.
Fonte:
folha.uol.com.br
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