Justiça condena
Dantas a dez anos, sem prisão imediata
A Justiça de São Paulo condenou
hoje o sócio-fundador do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, a dez
anos de prisão por corrupção ativa e multa de R$ 12 milhões. O juiz
Fausto de Sanctis, no entanto, não decretou a prisão imediata de
Dantas em sua sentença. Dantas é acusado de tentar subornar um
agente policial com US$ 1 milhão para se livrar das investigações da
Operação Satiagraha. A defesa do banqueiro nega as acusações. Também
foram condenados Humberto Braz e Hugo Chicaroni a sete anos e um mês
de prisão. O primeiro terá de pagar multa de R$ 1,5 milhão e o
segundo, R$ 594 mil. Assim como Dantas, eles podem recorrer da
condenação em liberdade.
Em decisões anteriores, em caráter
liminar, De Sanctis decretou duas vezes a prisão de Dantas, que
chegou a ser preso sob a acusação de obstruir a Justiça, pressionar
testemunhas e corromper autoridades. Também em ambos os casos, as
prisões foram revogadas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), Gilmar Mendes. A decisão é em primeira instância e ainda cabe
recurso.
Dantas responde a um outro processo
na Justiça também por conta da Operação Satiagraha, que está agora
sob o comando do delegado da Polícia Federal Ricardo Saadi. O
delegado assumiu o caso após o afastamento de Protógenes Queiroz, em
julho, em meio a acusações de irregularidades na operação. O novo
relatório também deve pedir a prisão de Dantas.
Ainda não há prazo para a conclusão
da ação, que depende de algumas medidas, como perícia em HDs do
banco de Dantas. Desta vez, o pedido de prisão deverá ser sustentado
por um texto objetivo, baseado em provas robustas e técnicas,
acrescidas de fatos novos levantados na segunda fase do inquérito,
determinado para corrigir as falhas do original. Saadi tomou cuidado
para não criar mais um fato político, na avaliação de seus
superiores.
Com 240 páginas, o relatório parcial
foi entregue à 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que ainda não
deliberou sobre algumas medidas solicitadas pelo delegado. Faltam
também os resultados das últimas perícias em documentos. No final do
inquérito da Polícia Federal, Dantas deve ser indiciado pelos mesmos
crimes do primeiro parecer produzido por Protógenes: lavagem de
dinheiro, evasão de divisas, fraude financeira e formação de
quadrilha.
Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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