O número de seqüestros subiu em quase
40% entre 2004 e 2007 no México, de acordo com estatísticas
oficiais. O México se equipara a zonas de conflito como o Iraque e a
Colômbia em termos de risco de seqüestro.
O recente seqüestro e homicídio de
Fernando Marti, 14, filho de um conhecido empresário, deflagrou
protestos em um país já acostumado ao crime.
Mais gente, entre os quais número
crescente de mexicanos de classe média, está procurando o pequeno
chip projetado pela Xega, uma empresa mexicana de segurança cujas
vendas cresceram em 13% este ano. Ela anunciou que conta com mais de
dois mil clientes.
Os detratores dizem que o chip é
pouco mais que uma engenhoca que não serve a qualquer propósito real
de segurança.
A empresa injeta o chip envolto em
cristal, do tamanho e forma de um grão de arroz, no corpo dos
clientes, com uma seringa. Um transmissor no chip envia sinais de
rádio a um aparelho maior que o cliente carrega e está equipado com
um sistema de posicionamento global, informa a Xega. O satélite pode
então localizar a pessoa que enfrenta problemas.
Cristina, 28, que não quis fornecer
seu sobrenome, e sete outros membros de sua família receberam os
chips no ano passado, "como medida preventiva".
"Não é que sejamos ricos, mas eles
seqüestram as pessoas por um relógio. Todo mundo vive com medo", ela
diz.
O chip custa US$ 4 mil, e há uma taxa
anual de US$ 2,2 mil pelo serviço.
A maioria dos seqüestros no México
passa sem denúncia, especialmente casos de seqüestro relâmpago, em
que a vítima é forçada a sacar dinheiro de caixas automáticos.
A Xega considera que os seqüestros
estão em alta e planeja expandir seus serviços ao Brasil, Colômbia e
Venezuela, no ano que vem.