Microsoft e Yahoo
se unem para bater o gigante Google
Com sua oferta pelo Yahoo, a
Microsoft tem como objetivo bater o Google, gigante da busca que
lidera uma nova onda no mercado de software. O conceito do Google
como uma empresa de software pode não parecer óbvio, mas foi assim
que o presidente da Microsoft, Steve Ballmer, descreveu certa vez o
concorrente, numa entrevista à revista BusinessWeek
(em inglês). No caso do Google, o software é oferecido
gratuitamente, como serviço via internet, e sustentado pela venda de
publicidade.
A principal fonte de receita do
Google são os links patrocinados, pequenos anúncios de texto que
aparecem do lado dos resultados de busca e em páginas de conteúdo de
parceiros. No ano passado, 99% dos US$ 16,59 bilhões que o Google
faturou vieram da venda de publicidade. O Yahoo tem se esforçado
para recuperar terreno nessa área, mas ainda está longe do líder
Google. O faturamento do Yahoo chegou a US$ 6,96 bilhões em 2007,
sendo 86% de receitas publicitárias.
O Yahoo é o site mais visitado no
mundo, mas perde em audiência de buscas para o Google nos principais
mercados, exceto o Japão. “O Yahoo só não é forte onde está o
dinheiro: as buscas que geram os links patrocinados”, diz José
Calazans, analista do Ibope NetRatings.
Em sua origem, o Yahoo era um
diretório de internet. Ou seja, um mecanismo de buscas. Durante o
auge da internet, na década passada, acabou se transformando num
portal, site que agrega diversos tipos de informações e serviços.
Entre 2001 e 2007, o Yahoo foi comandado por Terry Semel, que
trabalhou 24 anos na Warner Bros. antes de ingressar na empresa de
internet.
Sob a direção de Semel, o Yahoo
acabou desenvolvendo na internet uma estratégia muitas vezes
parecida com a de um grupo tradicional de mídia, desenvolvendo
conteúdo próprio e licenciando conteúdo de terceiros. O que se
tornou um problema no enfrentamento com o Google, que tem um modelo
de negócios bem peculiar. O Google é uma empresa de mídia que não
produz conteúdo. Ele vende anúncios para serem mostrados ao lado de
conteúdo de terceiros, nos resultados das buscas e em sua rede de
afiliados, que na prática saem de graça para o Google.
Fonte:
estadao.com.br
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