Google recorrerá de sentença sobre comunidades anti-Edir Macedo no
Orkut
O Google Brasil anunciou nesta
terça-feira que vai recorrer da decisão da Justiça de São Paulo que
obriga a empresa a retirar do Orkut comunidades consideradas
ofensivas ao bispo Edir Macedo.
Foi publicada ontem no
"Diário da Justiça Eletrônico" uma decisão em que o juiz Leandro de
Paula Martins Constant, da 34ª Vara Cível de São Paulo, condenava o
Google, dono do Orkut, a excluir comunidades que ofendiam o dono da
Rede Record e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus.
O juiz condenou o Google Brasil a
retirar da rede as páginas do site que veiculem ofensa ao bispo ou à
igreja, sob pena do pagamento de multa de R$ 1.000 por página, por
dia. A empresa ainda foi sentenciada a pagar custas e despesas
processuais, fixadas em R$ 2.500.
Até as 15h desta terça-feira, pelo
menos duas comunidades que podem estar envolvidas no processo
permaneciam no ar.
Outro discurso
Ao afirmar nesta terça que recorrerá
da decisão, a companhia usa um argumento diferente do que foi
utilizado no julgamento. Antes, o Google Brasil havia alegado não
ter como retirar o conteúdo das páginas por ser pessoa jurídica
distinta do Google Inc, sediada nos Estados Unidos e supostamente a
real dona do Orkut --argumento refutado pela Justiça.
Agora, em um comunicado à imprensa, a
Google Brasil afirma que há uma "confusão entre a autoria das
agressões com o meio eleito pelos agressores para perpetrar tais
atos".
De acordo com a empresa, "confundir
esses conceitos seria como penalizar uma companhia telefônica pela
prática de trotes". Também apela para a liberdade da expressão e
afirma acreditar que "a Justiça reconhecerá o direito de liberdade
de expressão na internet brasileira".
Histórico
Este é mais um capítulo da polêmica
entre a empresa norte-americana e a Justiça Brasileira, causada pela
liberação de dados do Orkut. Membros do Ministério Público afirmam
que o Google se nega a fornecer, por exemplo, informações sobre
dados de usuários, utilizadas para investigar crimes no site de
relacionamentos.
Entretanto, o Google diz que não se
nega a disponibilizar esses dados ou a deletar comunidades, desde
que haja uma determinação judicial sobre o assunto. Dessa vez,
contudo, a empresa decidiu recorrer de uma decisão da Justiça.
Neste caso, apesar do pedido dos
advogados de Edir Macedo, o juiz determinou que o Google não tem
obrigação de revelar os dados dos criadores das comunidades.
Fonte:
folha.uol.com.br
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