Ingrid Betancourt
Nobel da Paz
O Chile apresentará
oficialmente a candidatura da franco-colombiana Ingrid Betancourt ao
Prêmio Nobel da Paz, informou o ministro das Relações Exteriores
chileno, Alejandro Foxley, durante visita ao Uruguai.
Antes de a carta da candidatura ser
enviada aos encarregados de escolher o vencedor do prêmio, a
indicação de Betancourt --uma idéia da presidente do Chile, Michelle
Bachelet-- vai ser debatida em consultas regionais, afirmou Foxley.
O apoio à iniciativa "seria uma
mensagem de crença na força do espírito humano, uma mensagem de paz
e um repúdio definitivo a toda forma de terrorismo no mundo", disse
o ministro, que acompanha Bachelet em uma viagem oficial iniciada
nesta segunda-feira.
Betancourt, libertada na semana
passada pelo Exército colombiano depois de mais de seis anos em
poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), disse
nesta segunda, em Paris, que não se sente merecedora do Nobel da
Paz.
"O Prêmio Nobel é algo que está muito
longe. Não o mereço, não acho que o mereça", afirmou a ex-refém.
Operação
Betancourt foi resgatada no último
dia 2, em uma operação realizada pelo Exército colombiano. Além
dela, foram libertados os americanos Thomas Howes, Marc Gonsalves e
Keith Stansell --ligados ao Departamento de Defesa dos EUA-- e 11
militares e policiais colombianos.
Militares da Colômbia disfarçados de
trabalhadores humanitários resgataram Betancourt, a refém mais
importante das Farc, seqüestrada em 2002 quando fazia campanha
eleitoral como candidata à Presidência da Colômbia.
O resgate ocorreu na floresta do
departamento de Guaviare, segundo o ministro da Defesa da Colômbia,
Juan Manuel Santos. Militares colombianos fingiram ser membros de
uma organização fictícia que supostamente iria levar os reféns de
helicóptero a outro local, para se encontrarem com o líder das Farc,
Alfonso Cano.
"Os helicópteros, que na realidade
eram do Exército pegaram os reféns em Guaviare e os levaram à
liberdade", afirmou o ministro. Dois guerrilheiros foram capturados
na operação.
Fonte:
folha.uol.com.br
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