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INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO BRASIL

 

INCONTINÊNCIA URINÁRIA NO BRASIL

Incontinência Urinária na mulher é uma afecção que pode ser causada por uma gama variada de doenças que vão da patologia neurológica ao defeito congênito, passando pela incontinência acarretada pela fraqueza muscular do assoalho pélvico e a de causa idiopática (desconhecida).

 

De acordo com a Sociedade Internacional de Continência, a definição de Incontinência Urinária é a perda invo­luntária de urina, pela uretra, capaz de provocar um desconforto social e higiênico e que pode ser objetivamente demonstrada. Tal conceito reflete uma série de aspectos importantes da doença e que produz impacto na qualidade de vida da paciente e que precisa de um diagnóstico correto. A Incontinência Urinária é um problema de saúde pública que vem recebendo maior atenção da medicina nos últimos 20 anos. De acordo com levantamento do governo americano, em 1996, havia cerca de 13 milhões de pessoas portadoras desse problema, das quais 11 milhões eram mulheres. É provável que no Brasil a prevalência seja semelhante.

Existem basicamente dois mecanismos envolvidos na Incontinência Urinária em mulheres.

1- Incontinência do detrusor: que ocorre devido à hiperatividade da musculatura detrusora da bexiga durante a fase de enchimento (bexiga hiperativa). Ou pode ocorrer também na presença de certas doenças neurológicas, por exemplo: derrames cerebrais, Mal de Parkinson, que leva à uma hiperreflexia do detrusor (músculo da bexiga).

2- Incontinência uretral: que pode ser desencadeada por dois mecanismos básicos : ou pela falta de sustentação da bexiga e uretra pelos ligamentos e músculos do assoalho pélvico, o que permite a uma mobilidade acentuada da uretra aos esforços físicos . Por outro lado, temos também a perda de urina relacionada à deficiência intrínseca do esfíncter da uretra.

A avaliação da Incontinência Urinária consiste na execução de diversas etapas cujas conclusões auxiliarão na escolha do melhor tratamento.

Etapas na avaliação da Incontinência Urinária:

- Demonstração objetiva – comprovação da perda urinária;

- Teste do absorvente – medição da intensidade da perda;

- Diário miccional – verificação do número de eventos ao longo de um período de tempo;

- Aplicação de questionários – avaliação da qualidade de vida;

- Exame urodinâmico – determinação exata do mecanismo de perda;

- Avaliação global – determinação dos problemas associados que podem interferir na escolha do tratamento.

Uma etapa fundamental na avaliação da Incontinência Urinária é a realização do exame urodinâmico. Através desse método é possível determinar qual o mecanismo de perda urinária que a paciente tem, facilitando a escolha da intervenção terapêutica.

O estudo urodinâmico compreende o estudo funcional da bexiga e/ou uretra demonstrando objetivamente a perda. É um exame simples minucioso, realizado a nível ambulatorial.

 


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