COMO LEVANTAR OS
SEIOS SEM SILICONE NO BRASIL
Mastopexia
Minimamente Invasiva, ou simplesmente MIM, é uma nova técnica que
promete sustentar os seios de forma definitiva, com uma espécie de
sutiã que molda os seios e é implatado sob a pele, e de maneira mais
segura e menos invasiva - com a ajuda do dispositivo Cup&Up. Em
entrevista, o cirurgião plástico Eyal Gur conta tudo sobre o método
que desenvolveu.
A novidade é para os
seios e vem do Oriente Médio, mais precisamente de Israel. O chefe
do setor de microcirurgia Eyal Gur, do hospital Ichilov, em Tel Aviv,
Israel, desenvolveu o método, que tem o mesmo papel de um lifting
nas mamas: levantar, remodelar e firmar.
Seu diferencial está na cirurgia, que acontece de maneira menos
invasiva, e no pós-operatório, já que tem um tempo de recuperação
menor. Em relação aos resultados, o MIM se diferencia ao prometer
efeitos mais duradouros - arriscam até a dizer permanentes. "Hoje em
dia, os cirurgiões plásticos conseguem remodelar muito bem as mamas,
mas os procedimentos utilizados são muito invasivos e nem sempre
oferecem uma solução permanente", afirma Adi Cohen, presidente da
Minimally Invasive Mastopexy Ltd., empresa que está realizando os
testes com a nova tecnologia. Conheça essa técnica revolucionária.
O que é essa cirurgia?
A base da técnica é um dispositivo batizado de Cup&Up, uma
espécie de sutiã feito tela de silicone pré-moldado em diferentes
tamanhos que é colocado sob a pele com o papel de sustentar e
modelar os seios.
O implante é feito através de duas pequenas incisões e, depois da
tela ser posicionada, ela é fixada nas costelas com parafusos de
titânio. A técnica é indicada para mulheres que apresentam mamas
caídas e flácidas e é uma boa opção para quem teme as cicatrizes
maiores e mais aparentes da mastopexia tradicional.
Qual é o grande diferencial?
Quando a mama apresenta ptose (queda), quer dizer que a pele da
região cedeu, ou seja, há uma lesão irreversível. Atualmente, a
única solução para este caso é o lifting mamário, cirurgia que
retira o excesso de tecido e reposiciona o material interno,
deixando os seios em pé e firmes novamente. Mas essa técnica implica
em cicatrizes com tamanho proporcionais à quantidade de tecido
removido, que geralmente é grande.
E é justamente essa marca deixada pela cirurgia um dos maiores tabus
entre as mulheres. Outro ponto levantado pelos pesquisadores é o
fato de o lifting não ser um procedimento com resultados
definitivos, uma vez que a gravidade continua atuando sobre os
seios, que podem voltar a cair.
É aí que entra o MIM, que faz o mesmo papel do lifting de levantar
as mamas e acabar com a flacidez, porém, sem a necessidade de
retirar o excesso de pele. O resultado é conseguido com o implante
do dispositivo Cup&Up que acomoda e sustenta o material
interno.
Todo o procedimento é realizado por meio de duas pequenas incisões
de aproximadamente 5mm nas laterais, o que deixa cicatrizes
praticamente imperceptíveis. O efeito é mais duradouro, pois as
alças do sutiã não perdem elasticidade com o tempo, garantindo,
assim, a sustentação permanente das mamas. Todos estes pontos
diferenciais da técnica apresentados pelos pesquisadores do MIM faz
com que eles apostem no procedimento como substituto da mastopexia
tradicional.
O futuro ainda não chegou
A novidade ainda está em fase de testes em animais e deve começar a
ser aplicada (também em testes, inicialmente) em seres humanos ainda
este ano. Este período irá determinar a durabilidade do sutiã e a
sua resistência a esforços. A previsão é que a nova tecnologia
chegue ao mercado em até dois anos.
Para padronizar e garantir a aprovação do procedimento junto às
autoridades sanitárias em todo o mundo, a MIM pretende buscar a
colaboração de cirurgiões plásticos de diversos países com Estados
Unidos, Suécia e também do Brasil.
Parece, mas não é
Uma técnica de cirurgia mamária já existente no Brasil, chamada de
'sutiã interno', é bem parecida com a Mastopexia Minimamente
Invasiva, mas tem lá suas diferenças.
Diferentemente da MIM, esse procedimento atinge a glândula mamária
por meio de uma incisão feita ao redor da aréola, por onde a pele é
separada da glândula e esta é reduzida ou simplesmente remodelada.
Assim que conquistada a nova e desejada forma, é colocada uma fina
tela de silicone que atuará como um sutiã que mantém a forma, a
firmeza e a sustentação.
A pele em torno da aréola se retrai naturalmente e assume a nova
forma naturalmente. As cicatrizes são mínimas e ficam praticamente
imperceptíveis devido à cor mais escura dos mamilos. A técnica foi
idealizada para atender mulheres com seios caídos e que desejam dar
sustentação e firmeza, pois a tela remodela as mamas e as deixa
empinadas novamente. A vantagem é que não interfere na amamentação,
nos exames complementares e tampouco na sensibilidade.
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