Relatório final
do caso Madeleine
O jornal português "Expresso"
divulgou nesta semana um resumo do relatório final da polícia
portuguesa sobre o caso Madeleine McCann, a menina britânica
desaparecida em maio de 2007 na Praia da Luz, na região do Algarve,
em Portugal. Na segunda-feira (21) a Promotoria portuguesa decidiu
pelo arquivamento do caso
O relatório detalha a
chegada da família McCann (os pais, Kate e Gerry, Madeleine e seus
irmãos gêmeos Sean e Amelie) ao empreendimento Ocean Club para
passar um período de férias de uma semana junto a amigos. Maddie
desapareceu entre às 22h e 22h10, enquanto seus pais jantavam com
amigos no restaurante do hotel.
O texto também detalha as apurações
da perícia e aborda as hipóteses de investigação da polícia, que
considerou três possibilidades: "rapto, rapto seguido de morte e
morte acidental com posterior ocultação de cadáver".
Segundo o relatório, diversas
denúncias falsas reforçadas pela imprensa atrapalharam as ações da
polícia, como a suspeita de que Madeleine poderia estar em Marrocos
ou na Bélgica. No entanto, polícia afirma que, mesmo com a
inconsistência das denúncias, "foram realizados 22 dossiês com
notícias especulativas, visões psíquicas ou adivinhações".
O documento, de 57 páginas e assinado
pelo inspetor João Carlos, retira a suspeita sobre o casal McCain e
o britânico Robert Murat, além de revelar a lista de 148
interrogados, entre civis e militares.
As suspeitas sobre Robert Murat
iniciaram com a denúncia de uma jornalista britânica e depois
realçadas com fatos apurados pela polícia. No entanto, "apesar da
exaustiva e metódica investigação a Murat e às pessoas próximas a
ele, não foram colhidos elementos que os relacionassem com o crime
em investigação", afirma o relatório.
O texto também confirma que cães da
polícia encontraram odor de cadáver e sangue nas roupas da mãe de
Madeleine, no carro utilizado pela família McCain e no quarto 5A do
empreendimento Ocean Club, onde ela estava instalada.
Leia relatório da polícia portuguesa
divulgado pelo "Expresso"
Pistas
Hoje, a polícia judicial portuguesa
disse que continuará a seguir todas as pistas sobre o
desaparecimento de Madeleine, apesar do arquivamento do caso pela
promotoria, segundo o diretor nacional da entidade, Almeida
Rodrigues.
O ex-diretor nacional da PJ
portuguesa, Alipio Ribeiro, por sua vez, criticou a decisão da
promotoria de arquivar o caso, considerando-a precipitada.
A Justiça portuguesa decidiu na
segunda-feira arquivar o caso e suspender os indiciamentos,
principalmente os dos pais, após 14 meses de uma investigação que
não permitiu elucidar o mistério do desaparecimento da menina de 3
anos no sul do país.
O Ministério Público decidiu
"arquivar a investigação sobre o desaparecimento da pequena
Madeleine McCann, por falta de provas de que as pessoas indiciadas
tenham cometido algum crime", diz um, comunicado do Procurador-Geral
da República.
Assim que a decisão da justiça
portuguesa foi anunciada, o porta-voz do casal McCann, Clarence
Mitchell, expressou o "alívio" de seus clientes, descartando, no
entanto, qualquer "comemoração". "Os pais de Madeleine nunca
deveriam ter sido indiciados", acrescentou.
Fonte:
folha.uol.com.br
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