HD externo
portátil; o 'pen-drive gigante'
Já reparou como as pastas de
música e fotos do computador só crescem e ocupam cada vez mais
espaço? O bom da revolução digital é justamente essa sensação
(ilusão?) de poder fotografar tudo o que surge pela frente e guardar
todas as músicas do mundo. Parece não haver limites. Mas há. É o
tamanho do seu disco rígido (HD).
Uma solução para o "problema" está
começando a ficar popular no Brasil, com a queda (ainda tímida) dos
preços de HDs externos. São discos que ficam fora do computador e
têm alta capacidade de armazenamento, chegando a alcançar até 2
terabytes (o equivalente a 2 mil gigabytes). Só que a imensidão de
espaço traz outros problemas, como a necessidade de organização.
Usar um HD externo "gigante" requer
uma mudança de hábitos digitais. Para uma família, o disco rígido
passa a ser a central de dados da casa, que se conecta a - e alivia
- todos os computadores e dispositivos, como câmeras e celulares. E
guarda as informações de backup de todas as máquinas.
O ideal é que esse HD externo central
não seja transportado para lá e para cá. Em primeiro lugar porque
pode sofrer danos se cair ou levar uma batida forte. Em segundo
porque, se for perdido, adeus backup.
Portátil
Quem precisa transportar arquivos
pesados deve optar por um HD externo portátil, que serve como um "pen-drive
gigante", com capacidade de até 320 gigabytes (GB). Enquanto os HDs
são discos de metal "encapados" por uma fita magnética (que grava os
dados), os pen-drives usam a chamada memória flash, um chip
regravável (que ocupa bem menos espaço).
O professor de língua portuguesa
Saulo Ferreira, 25 anos, tem um HD externo portátil para levar
filmes, documentários e músicas para a sala de aula na Escola
Estadual Professor Antonio Francisco Redondo (zona norte de SP). Um
detalhe: se o disco cair no chão há risco de tudo se perder. "Levo o
HD na embalagem do notebook, dentro de uma mala de couro", diz o
professor.
Não me toque
Utilizar ou carregar discos rígidos é
algo bem mais delicado do que levar pen-drives ou cartões de
memória, usados principalmente em câmeras digitais e celulares.
Alguns cuidados devem ser levados em
conta, tanto no caso dos portáteis quanto nos "de mesa", os
gigantões de até 2 TB. A principal preocupação é nunca tocar ou
mover o HD externo enquanto ele estiver em uso. Há um disco rodando
em alta velocidade e qualquer saída de eixo pode causar danos.
Também não se recomenda deixar o HD
ao lado de televisores de tubo ou eletrodomésticos motorizados, como
liquidificadores. A interferência eletromagnética pode danificar o
disco e os arquivos. Molhar e expor ao calor, obviamente, é
proibido.
Por causa desses "não me toques", o
técnico em informática Diego Cardoso, de 20 anos, não deixa ninguém
usar seu HD. "Aqui o uso é exclusivo." Ele leva para todo lugar
backups de clientes e seus principais softwares num modelo de 80 GB.
Diz preferir discos rígidos a pen-drives pelo custo-benefício. "Se
fizer a conta por gigabyte, a diferença pode ser de dez vezes."
As empresas fabricantes de discos
rígidos apostam exatamente nessa conta. Hoje, com cerca de R$ 600 é
possível ter um HD de 500 GB. Ainda é caro, em comparação com preços
no exterior, mas a tendência é de os preços caírem. "Depois das
câmeras digitais e dos DVDs, apostamos que 2009 será o ano dos HDs
externos", disse ao Link o diretor de vendas da Western Digital, Ron
Pack. Será mesmo? É o tamanho das pastas que dirá.
Fonte:
br.tecnologia.yahoo.com/
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