Carbono negro é a
segunda maior causa do aquecimento global
Londres, 23 mar (EFE).-
A concentração de carbono negro na atmosfera, resultante da queima
de combustíveis e biomassa, é a segunda maior causa do aquecimento
climático depois das emissões de dióxido de carbono, segundo um
artigo publicado hoje pela revista britânica "Nature".
Um estudo realizado por especialistas
das universidades da Califórnia e de Iowa indica que o carbono negro
é uma substância que absorve a radiação solar e não permite que a
radiação refletida pela superfície terrestre saia da atmosfera, por
isso eleva a temperatura do planeta.
O carbono negro pode viajar longas
distâncias pela atmosfera terrestre, em um percurso no qual se
mistura com outros aerossóis, como nitratos, sulfatos e cinzas.
Esta mistura origina colunas de
nuvens marrons de 3 a 5 quilômetros de espessura que não deixam que
a radiação solar visível chegue à superfície terrestre, o que
prejudica o ciclo do hidrogênio e aquece a atmosfera.
Este fato é agravado porque a maior
concentração do carbono negro ocorre nos trópicos, onde a radiação
solar é maior.
Além disso, a deposição de carbono
negro pode também escurecer a neve e o gelo, aumentando sua absorção
do calor local e contribuindo com o derretimento das geleiras e os
pólos, em particular do Círculo Polar Ártico e da Cordilheira do
Himalaia.
A queima de biocombustíveis, de
combustíveis fósseis e de biomassa é a principal fonte de emissão do
carbono negro na atmosfera.
As maiores concentrações são dos
países em desenvolvimento localizados nos trópicos e no leste
asiático, especialmente grande parte do Brasil e do Peru, a Índia, o
leste da China, o Sudeste Asiático, o México e a América Central.
De acordo com o estudo, os efeitos do
carbono negro são a segunda maior colaboração humana para o
aquecimento do planeta, depois das emissões de dióxido de carbono.
Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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