Justiça francesa
nega eutanásia a mulher desfigurada por tumor
DIJON, França (AFP) - A
procuradoria-geral francesa negou nesta sexta-feira o pedido de
eutanásia de Chantal Sebire, uma mulher de 52 anos desfigurada por
um tumor irreversível.
Na França, uma lei de 2005 concede,
em alguns casos, o direito de morrer, ou seja, a suspensão do
tratamento para doentes sem esperança, apesar de ser expressamente
proibido aos médicos a prática de eutanásia.
O veredicto definitivo será conhecido
no próximo dia 17. Sebire, de 52 anos, pediu à justiça que autorize
que um de seus médicos a ajude a morrer.
Esta ex-professora, mãe de três
filhos, sofre um tumor raro e degenerativo, que ocorre na cavidade
nasal e deforma completamente seu rosto.
Esta enfermidade, chamada
estesioneuroblastoma ou neuroblastoma olfativo, é muito rara (200
casos registrados no mundo em 20 anos) e incurável e provoca, além
disso, sofrimentos atrozes.
Sebire também escreveu ao presidente
francês, Nicolas Sarkozy, que pediu que aguarde outra opinião médica
para garantir que todas as possibilidades da medicina tenham sido
exploradas.
A ministra da Justiça, Rachida Dati,
declarou claramente que "a medicina não existe para administrar
substâncias letais".
"Cheguei ao limite do que posso
suportar. Meu filho e minhas filhas já não conseguem me ver sofrendo
assim", declarou Sebire à AFP.
A lei de 2005 foi votada na França
depois de um caso que emocionou a opinião pública em que um
tetraplégico de 22 anos morreu graças à intervenção de sua mãe e seu
médico.
Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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