'Não gosto tanto
assim da Inglaterra', diz príncipe Harry
ONDRES (Reuters) - O príncipe
britânico Harry, que está há dez semanas na linha de frente do
conflito travado no Afeganistão, afirmou não gostar tanto assim da
Inglaterra e que se incomoda com as notícias escritas pelos jornais
do seu país.
O príncipe, terceiro na linha
sucessória do trono britânico, deu essas declarações na semana
passada, antes de as notícias sobre a presença dele no Afeganistão
terem vazado em um site da internet.
Harry afirmou a um entrevistador que
gostava de estar na zona de combate em vez de "ficar sentado" em
Windsor, a cidade das cercanias de Londres onde a família real
possui um castelo e onde fica o quartel-general do regimento do
príncipe.
Questionado sobre se desejaria
regressar ao Afeganistão algum dia, Harry respondeu: "Eu não quero é
ficar sentado em Windsor".
"Mas, em termos gerais, eu não gosto
tanto assim da Inglaterra. E, sabe, é bom ficar longe de todos os
repórteres e jornais, de toda aquela porcaria que eles escrevem."
Os comentários, divulgados por meio
de um acordo firmado por vários veículos de comunicação, não devem
ser bem recebidos pelos fãs de Harry na Grã-Bretanha ou pelos
tablóides do país.
O príncipe, 23, costuma se envolver
em polêmicas.
Em 2005, Harry provocou uma
indignação generalizada ao ser fotografado em uma festa à fantasia
vestido com um uniforme nazista.
Em Londres, o príncipe costuma ser
flagrado saindo bêbado de boates com sua namorada. E já enfrentou
problemas com seu pai, o príncipe Charles, por ter sido pego fumando
maconha.
Na sexta-feira, antes da divulgação
das notícias mais recentes, os jornais britânicos despejavam elogios
ao príncipe, descrito como um herói e um soldado modelo. Mensagens
apareceram em sites da internet elogiando a coragem dele.
A família real, de toda forma, nem
sempre manteve um bom relacionamento com os meios de comunicação. E
parentes da mãe de Harry, a princesa Diana, culparam paparazzi pela
perseguição de carro em meio à qual ela morreu, em Paris, em 1977,
quando o veículo no qual estava sofreu um acidente.
Em uma audiência realizada como parte
da investigação sobre a morte de Diana, uma testemunha disse que a
princesa cogitava, na época, a possibilidade de comprar uma casa nos
EUA.
Harry é o primeiro membro da família
real a ir para a guerra desde o conflito nas Malvinas, com a
Argentina, 25 anos atrás.
Mas, devido ao vazamento da notícia,
o príncipe deve ser retirado do Afeganistão. Segundo comandantes das
Forças Armadas da Grã-Bretanha, o fato de Harry estar sabidamente na
região exporia os companheiros dele a um perigo adicional.
Fonte:
br.noticias.yahoo.com/
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