Principais pontos
do comunicado dos líderes do G-20
(Atualizada neste domingo, 16
de novembro)- Os líderes do G-20 concordaram em tomar uma ação
rápida, incluindo medidas de estímulo fiscal caso necessário, para
estabilizar os mercados financeiros e restaurar o crescimento da
economia global, segundo um esboço do comunicado.
Eles também deram suporte a idéia de
dar mais voz aos mercados emergentes no comando financeiro global.
Eles apoiaram:
- Medidas fiscais para impulsionar a
demanda rapidamente;
- Mudanças na política monetária caso
necessário;
- Mais recursos para o FMI ajudar as
economias emergentes;
- Empenho para romper o impasse na
Rodada de Doha neste ano;
- Reforma das instituições de Bretton
Woods para dar mais voz às economias emergentes alinhada com a
mudança no peso econômico dessas nações;
- Colegiado de supervisores para
analisar os principais bancos globais;
- Revisão dos padrões de
contabilidade, pagamento a executivos de empresas, regras de
falência, agências de avaliação de crédito e movimentos de credit
default swaps (CDS, na sigla em inglês);
Os ministros de Finanças do G-20
foram instruídos a trabalhar nos aspectos específicos até 31 de
março de 2009, antes da próxima reunião.
Abaixo estão alguns dos principais
trechos do texto fornecido à Reuters por autoridades do G-20:
AÇÕES ECONÔMICAS:
"Há mais a ser feito para estabilizar
os mercados financeiros e apoiar o crescimento econômico. O impulso
econômico está desacelerando substancialmente nas principais
economias e a perspectiva global se enfraqueceu..."
"Contra este cenário de condições de
deterioração, nós concordamos que uma ampla resposta de política é
necessária", afirmou o grupo, listando medidas que devem ser tomadas
imediatamente:
- tomar quaisquer novas ações que
forem necessárias para estabilizar o sistema financeiro;
- reconhecer a importância do suporte
político monetário, quando julgar apropriado;
- utilizar medidas fiscais para
estimular a demanda doméstica com um rápido efeito, conforme for
necessário;
- ajudar os mercados emergentes a ter
acesso ao financiamento, incluindo instrumentos de liquidez e
programas de suporte;
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
GLOBAIS
"Nós estamos comprometidos a avançar
com a reforma das instituições de Bretton Woods, de modo que elas
possam refletir de maneira mais apropriada as mudanças de peso na
economia mundial, aumentando sua legitimidade e eficiência. A
respeito disso, economias emergentes e em desenvolvimento, incluindo
os países mais pobres, devem ter maior voz e representação."
No curto prazo:
- expandir urgentemente o número de
membros do Fórum de Estabilidade Financeira (FSF, na sigla em
inglês) para incluir as economias emergentes;
- FMI e FSF devem trabalhar juntos
com o FMI tendo seu foco na fiscalização e o FSF nos padrões
regulatórios;
- ajudar as economias emergentes e em
desenvolvimento a conseguir acesso aos financiamentos e garantir que
o FMI, o Banco Mundial e outros bancos multilaterais de
desenvolvimento também tenham recursos suficientes;
No médio prazo:
- reformar de modo abrangente o FMI e
o Banco Mundial;
- dar aos países emergentes e em
desenvolvimento maior voz;
- fortalecer o papel de fiscalização
do FMI ao dar conselho aos países sobre macroeconomia e estabilidade
financeira;
CONVERSAÇÕES COMERCIAIS
"Nós ressaltamos a importância
crítica de rejeitar o protecionismo e não se voltar para dentro em
momentos de incerteza financeira."
- não levantar barreiras comerciais
nos próximos 12 meses
- trabalhar para reiniciar as
conversações globais sobre comércio até o fim do ano
"Vamos nos esforçar para alcançar um
acordo este ano sobre modalidades que levem à conclusão bem-sucedida
da Agenda de Desenvolvimento de Doha, da OMC, com um resultado
ambicioso e equilibrado. Nós instruímos nossos ministros de comércio
a alcançar este resultado."
REGRAS REGULATÓRIAS:
"Vamos implementar reformas que
fortalecerão os mercados financeiros e regimes regulatórios de modo
a evitar crises futuras."
- A regulação é uma responsabilidade
nacional em primeiro lugar, mas a cooperação internacional será
fortalecida, afirma o comunicado.
No curto prazo:
- estabelecer organismos de
supervisão para todas as grandes instituições com atuação
internacional. Os principais bancos globais deverão se reunir
regularmente com seus organismos supervisores.
- garantir que as agências de rating
de crédito cumpram altos padrões regulatórios globais, evitando
conflitos de interesse e fornecendo grande transparência.
- padrões de contabilidade serão
melhorados
- hedge funds e fundos de private
equity irão acelerar acordos sobre unificação das melhores práticas.
- mais transparência sobre produtos
financeiros complexos e garantir a completa e precisa divulgação
pelas empresas sobre suas condições financeiras.
Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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