A primeira foto
de um exoplaneta
WASHINGTON (AFP) - Depois de
oito anos em busca de imagens, um astrônomo americano conseguiu
captar, com uma câmera do telescópio espacial Hubble, as primeiras
fotografias ópticas de um exoplaneta, situado a 25 anos-luz do
Sistema Solar.
Com uma massa provavelmente próxima
da de Júpiter, este planeta orbita a estrela Fomalhaut na
constelação de Piscis austrinus (Peixe Austral), situada quatro
vezes a distância que separa Netuno do Sol, afirma Paul Kalas, da
Universidade de Berkeley, Califórnia, principal autor do estudo.
O planeta, batizado Fomalhaut b, pode
ter um sistema de anéis de dimensão comparável aos que rodeiam
Júpiter.
Suspeitava-se da existência deste
exoplaneta desde 2005, quando imagens feitas por Kalas, com a ajuda
da câmera de observação avançada do Hubble, mostraram uma borda
muito claramente definida no interior do cinturão de pó em torno de
Fomalhaut, o que levou a pensar num astro com uma órbita elíptica.
"Previmos este fenômeno em 2005 e
agora temos a prova direta com duas fotos do planeta", afirmou Kalas.
A estrela Fomalhaut tem apenas 200
milhões de anos e deve esgotar seu combustível nuclear em,
aproximadamente, 1 bilhão de anos, uma vida curta se comparada a do
nosso Sol, de 4,5 bilhões de anos e que ainda deve brilhar por mais
5 bilhões de anos.
Uma segunda equipe, dirigida por
Christian Marois, do Instituto de Astrofísica Herzberg, em Vitória,
na Columbia Britânica (Canadá), obteve com a ajuda de telescópios no
Havaí as primeiras imagens realmente visíveis de três planetas
gigantes, na órbita de uma jovem estrela chamada HR8799, na
constelação de Pegasus, a cerca de 130 anos-luz da Terra.
"São planetas gasosos, muito quentes,
e têm entre sete e dez vezes a massa de Júpiter. São muito novos",
disse à AFP René Doyon, um dos oito astrofísicos que participaram
desta investigação.
"É muito difícil ver planetas em
torno de estrelas porque são muito débeis em relação a elas, o que
nos levou a desenvolver uma técnica que permite atenuar o sinal da
estrela de forma muito eficaz", assinalou o astrofísico canadense.
As duas descobertas aparecem
publicadas na revista americana Science de 14 de novembro.
Desde 1995, já foram descobertos
cerca de 300 planetas fora do nosso sistema solar, principalmente
observando seus efeitos sobre os campos gravitacionais de sua
estrela.
Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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