Microsoft compra
Yahoo
Depois de vários meses em busca
de alternativas para a oferta de aquisição apresentada pela
Microsoft, o presidente-executivo do Yahoo, Jerry Yang, disse, em um
evento em São Francisco, no Estados Unidos, acreditar que a melhor
opção para a empresa em crise continua a ser um acordo entre as duas
companhias.
Falando no evento Web 2.0 Summit,
horas depois de o rival Google ter abandonado os planos de parceria
publicitária com o Yahoo, Yang disse que continua aberto à
possibilidade de vender a empresa à Microsoft, mas pelo preço certo.
"As pessoas que me conhecem sabem que não tenho problemas de ego no
que tange a manter ou não a independência da empresa", disse.
Yang afirmou que continua "disposto a
considerar" a venda da divisão de buscas do Yahoo para a Microsoft,
mas apontou que não havia "notícias novas" sobre as negociações
entre as duas empresas. A Microsoft anunciou em fevereiro uma oferta
de US$ 31 por ação pelo controle do Yahoo, um negócio de cerca de
US$ 42 bilhões. A oferta foi recusada pela direção do Yahoo, que
dizia que a proposta subvalorizava a empresa.
Posteriormente, a Microsoft chegou a
subir a oferta para US$ 33 por ação, mas a direção do Yahoo pediu
US$ 37. Sem acordo, no dia 3 de maio a Microsoft anunciou que
desistia definitivamente do negócio.
Atualmente, as ações do Yahoo estão
sendo negociadas na casa dos US$ 14 na bolsa eletrônica Nasdaq, bem
abaixo, portanto, dos US$ 31 por ação que a Microsoft havia
oferecido inicialmente. A empresa recebeu severas críticas dos
investidores por ter recusado a oferta apresentada pela gigante do
software.
Na quarta-feira, os papéis do Yahoo
dispararam, depois que um boato veiculado em um blog informou que a
empresa estaria em negociações avançadas com a Microsoft para uma
aquisição, pelo valor de US$ 17 a US$ 19 por ação. O blog também
anunciou que Yang renunciaria ao posto executivo. Dirigentes do
Yahoo informaram posteriormente, porém, que o boato não procedia.
No evento em São Francisco, Yang se
recusou a falar sobre as discussões entre Yahoo e Time Warner quanto
à aquisição da divisão America Online, que continuam, de acordo com
fontes. Em lugar disso, o co-fundador do Yahoo expôs sua visão
quanto ao futuro da empresa, que inclui fazer do site um serviço de
múltiplos recursos que forneça tudo aquilo que as pessoas procuram
na Internet.
Jerry Yang se mostrou, na verdade,
decepcionado com a decisão do Google de desfazer a parceria em
buscas na internet fechada entre as duas empresas em junho. O Yahoo
tinha previsão de receber cerca de US$ 800 milhões por ano em
receita adicional com essa parceria.
O Departamento de Justiça dos Estados
Unidos, em um comunicado divulgado na quarta-feira, disse ter
avisado o Google que planejava entrar com um processo para barrar o
acordo ,com base em regras antitruste. "Caso as companhias tivessem
implementado o acordo, a competição com o Yahoo sofreria impacto
imediatamente no que se refere às páginas de busca", disse o
Departamento de Justiça.
O Google informou que, com isso,
desistiu do acordo para evitar uma batalha jurídica. "Depois de
quatro meses de revisão, incluindo discussões sobre variadas
possibilidades de mudanças no acordo, está claro que os órgãos
reguladores e alguns anunciantes continuam preocupados sobre essa
parceria", disse David Drummond, diretor de assuntos legais do
Google, no blog da companhia.
"Estamos, é claro, desapontados de
que esse acordo não tenha seguido à frente", acrescentou o
executivo. Juntos, o Google e o Yahoo controlam mais de 80% do
mercado de buscas na internet, de acordo com a comScore Inc.
Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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