Crise gera
perda mundial de US$2,8 tri
TÓQUIO/LONDRES (Reuters) - O
sistema financeiro global pode perder 2,8 trilhões de dólares com a
crise de crédito, afirmou nesta terça-feira o Banco da Inglaterra,
antes do esperado corte da taxa de juro nos Estados Unidos,
movimento que deve ser repetido por outros bancos centrais ao redor
do mundo.
Governos já se comprometeram a
injetar cerca de 4 trilhões de dólares em bancos e mercados para
conter a pior crise financeira em 80 anos, que forçou quedas
expressivas dos mercados acionários e eliminou do mapa alguns
bancos, acelerando o movimento de entrada em uma recessão em boa
parte do globo.
O Japão restringiu as apostas de
investidores na queda de preços de ações, medida com efeito
imediato, para tentar segurar a queda dos mercados acionários, que
teve efeito mais destacado sobre o setor de bancos. O governo
japonês também tenta segurar a forte valorização da moeda local, o
iene, que tem ameaçado aprofundar a desaceleração da atividade
econômica do país.
As bolsas de valores na Europa tinham
altas acentuadas nesta terça-feira, seguindo o bom desempenho da
Ásia, onde a bolsa de Tóquio encerrou o pregão com valorização de
6,4 por cento. Hong Kong saltou mais de 14 por cento.
O primeiro-ministro japonês, Taro Aso,
adiou uma eleição parlamentar para focar seus esforços no trabalho
de proteção do país, a segunda maior economia do mundo.
O banco central da Inglaterra disse
que o trabalho feito até agora para conter a crise deve estabilizar
o sistema bancário, mas a autoridade monetária britânica foi
cautelosa sobre o impacto disso sobre a economia como um todo. De
acordo com as projeções do BC britânico, as perdas globais podem
chegar a 2,8 trilhões de dólares.
"A instabilidade do sistema
financeiro global nas últimas semanas foi a mais severa de que se
tem lembrança", afirmou John Gieve, membro da diretoria do BC
inglês.
"Com a desaceleração econômica
mundial, o sistema financeiro continua sob estresse", acrescentou.
O Banco da Inglaterra deve cortar seu
juro básico na próxima semana, movimento que o Banco Central Europeu
(BCE) e o Federal Reserve, dos Estados Unidos, devem repetir.
A decisão sobre a taxa de juro
norte-americana será anunciada pelo Fed na quarta-feira. O BCE e o
Banco da Inglaterra devem reduzir o juro na quinta-feira da próxima
semana.
Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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