Filme sobre
seqüestrador do ônibus 174
A história de Sandro do
Nascimento, o rapaz que seqüestrou um ônibus no Rio de Janeiro, em
2000 - e foi morto pela polícia depois de seis horas de cerco - você
já deve conhecer. O filme Última Parada 174, longa de Bruno Barreto
que estréia hoje em salas de todo o Brasil, não é, porém, uma
dramatização de sua trajetória, mas uma narrativa ficcional
inspirada em sua vida. Impactado pelo documentário Ônibus 174
(2002), de José Padilha, que investigou o passado de Sandro, o
diretor Bruno Barreto se interessou pela relação do rapaz com a sua
mãe adotiva.
Barreto conta que ficou siderado ao
ver o filme de Padilha. Ele ficou com tantas perguntas no ar que
pensou - só a ficção poderia respondê-las. E se dispôs a fazer
Última Parada 174. O filme não é sobre o seqüestro, que vira
somente a última parada na história de Sandro. Para Barreto, seu
filme é sobre uma mãe que quer reencontrar o filho que perdeu e
sobre um garoto que busca uma substituta para sua mãe que morreu.
Quando se encontram, ao invés de se completarem, detonam uma
tragédia, diz o cineasta.
Em Última Parada 174, Marisa
teve um filho que lhe foi roubado quando ainda era um bebê. Já
Sandro havia perdido a mãe na infância. A mulher quis acreditar que
o rapaz era seu filho e ele achou por bem assumir o papel. Foi pela
perspectiva da dor destes dois 'órfãos' que adotaram um ao outro que
Barreto aproximou-se da história. A partir daí, o diretor e o
roteirista Bráulio Mantovani adicionaram um terceiro personagem:
Alessandro, o filho biológico de Marisa, que cruza o caminho de
Sandro - e potencializa o drama do rapaz.
Fonte:
folha.uol.com.br
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