Chrome: O
navegador de Google
Com o Chrome, navegador de
internet
lançado nesta terça-feira (2), o Google tenta adivinhar onde o
usuário quer ir. O browser oferece logo na página principal links
para os sites mais acessados, as páginas da lista de favoritos
utilizadas freqüentemente e as palavras-chave mais digitadas --esses
dados são atualizados de acordo com o uso.
No desenvolvimento do programa, o Google também optou por fundir
as barras de endereço e de buscas. Quando o usuário começa a digitar
algo, o navegador já reconhece se aquele é um site ou uma
palavra-chave --na configuração do software é possível escolher o
sistema de buscas padrão, que não precisa ser necessariamente o
Google.
Feito em código aberto, o Chrome também pula uma etapa em
qualquer busca que o usuário queira fazer na internet. Caso o
internauta já tenha utilizado o sistema de buscas de um site, para
fazer uma nova procura basta digitar o endereço do site na barra do
navegador, apertar a tecla "tab" e digitar a palavra-chave.
Para buscar por iPhone 3G no Google, por exemplo, basta digitar
www.google.com.br, apertar "tab" e depois iPhone 3G. O navegador faz
a pesquisa automaticamente.
"A intenção é utilizar a intuição da navegação. Levar o usuário
onde ele quer ir e mais rápido", afirma Félix Ximenes, diretor de
comunicação do Google Brasil.
Na página principal, programa mostra
sites mais visitados pelo usuário, para agilizar acesso
O programa é uma espécie de Firefox
melhorado, principalmente em relação às abas de navegação, que
ganham "vida própria". Cada uma roda em um processo separado da
outra: se uma trava, é possível desativá-la sem afetar o
funcionamento das outras --algo semelhante ao que ocorre com os
programas no gerenciador de tarefas do Windows
A idéia é que o usuário não tenha de
reiniciar o browser a cada vez que o programa trava. O programa
também lista as abas abertas recentemente, para facilitar a
reabertura das páginas, caso elas sejam fechadas acidentalmente.
No escuro
O navegador também incorpora o
sistema de "janela anônima", que não registra os rastros dos
internautas na rede --as páginas pesquisadas não entram no
histórico, os cookies não são armazenados, nem as palavras digitadas
em formulários.
Um recurso que o Google julga ser
útil para manter a privacidade na internet, mas que também pode ser
utilizada por crianças e adolescentes para esconder dos responsáveis
as suas ações na rede.
"Qualquer criança que saiba mexer em
qualquer browser vai poder esconder suas ações na rede. O
monitoramento do que a criança faz na rede não se faz pelo
navegador, mas sim por outros softwares, que vão continuar podendo
fazer esse controle", afirma Marcelo Quintela, gerente de produto do
Google.
Em novo navegador, abas ficam logo no
topo, acima da barra de buscas, para facilitar navegação
Sem corrida
O Google coloca mais um pé no negócio
da Microsoft, dona do Internet Explorer. Entretanto, a empresa de
internet terá que superar o mesmo obstáculo da Fundação Mozilla,
dona do Firefox: produzir um bom navegador, mas ter de concorrer com
um que já vem instalado em qualquer computador com Windows.
Até agora, o Internet Explorer é o
mais utilizado para acesso à internet. Em julho, o programa foi
utilizado para 90,7% dos acessos à rede no Brasil, contra 8,2% do
Firefox. Outros navegadores tiveram em julho 1,03% dos acessos.
Fiel a um de seus maiores bordões, "Don't
Be Evil" (algo como "não seja mau"), o Google nega que esteja em uma
"corrida dos browsers". "Não temos visão de competição. Não queremos
competir com a Microsoft e continuamos colaborando com a Fundação
Mozilla", afirma Ximenes.
O Google aposta que a "força" de sua
marca já seja possível para estimular os usuários a baixarem o
programa. A empresa já colocou um link na sua página de buscas, a
mais utilizada do mundo, para direcionar os usuários para download.
Por enquanto, o programa está
disponível apenas para Windows. No futuro, devem existir versões
para Mac e Linux.
Fonte:
folha.uol.com.br
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