Células-tronco
para tratar cegueira
Cientistas britânicos
desenvolveram um tratamento contra a causa mais comum de cegueira
--a DMRI (degeneração macular relacionada à idade)-- a partir do uso
de células-tronco. O procedimento deve começar a ser aplicado em
2015.
O tratamento é resultado do trabalho
de oftalmologistas do University College London (UCL) e do Hospital
Moorfields de Londres. Consiste em substituir a camada de células
oculares que sofreram um processo degenerativo por causa da idade
por células novas obtidas a partir da manipulação de células-tronco
embrionárias.
A DMRI é uma doença ocular causada
por degeneração, danos ou deterioração da mácula, uma camada
amarelada de tecido sensível à luz que se encontra no centro da
retina e que proporciona a acuidade visual que permite ao olho notar
detalhes.
O tabagismo, a idade avançada,
antecedentes familiares, o alto nível de colesterol no sangue e a
hipertensão arterial são os fatores que mais comumente causam DMRI,
um problema que afeta 30 milhões de pessoas no mundo.
Estima-se que um em cada dez
indivíduos afetados acabe sofrendo uma cegueira absoluta.
O professor Peter Coffey, do
Instituto Oftalmológico da UCL, afirmou que um quarto da população
com mais de 65 anos sofre de diferentes graus de DMRI. Ele diz que
os exames realizados até agora no laboratório tiveram um resultado
satisfatório.
"Há uma camada de células na parte
posterior do olho que é suporte da parte do olho que vê, a retina.
Essa camada de células começa a se degenerar e morre --o resultado é
que a pessoa fica cega porque a parte da retina que nos ajuda a ver
já não tem o respaldo do qual necessita", explicou o cientista.
"O que estamos estudando é se podemos
voltar a colocar células para regenerar essa camada", acrescentou o
professor.
Os cientistas da UCL e do hospital
Moorfields, que trabalham agora para produzir células que possam ser
utilizadas clinicamente com o anunciado financiamento da
farmacêutica Pfizer, esperam fazer os primeiros testes a partir de
2011, assim que tiverem autorização das autoridades médicas do Reino
Unido.
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Fonte:
folha.uol.com.br
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