Crise devolve 563
mil à baixa renda
O ano de 2009 começou com uma
reversão abrupta no crescimento da classe média - incluindo a classe
C, a classe média popular - que caracterizou boa parte do governo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Somente em janeiro, a classe C
nas seis maiores regiões metropolitanas do País perdeu 11% do seu
crescimento no governo Lula. No mês, um total de 563 mil pessoas
caiu da classe C para as classes D e E nas regiões metropolitanas de
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e
Recife.
Somando-se as classes A e B à C, a
redução nas regiões metropolitanas chega a 765 mil, e é exatamente
igual ao aumento das classes pobres, a D e a E. O crescimento da
classe C é uma marca do governo Lula e também um fenômeno global
causado pelo boom econômico encerrado em setembro do ano passado,
especialmente em países como a China e a Índia. As classes A e B,
por sua vez, incluem o que normalmente se considera como classes
média e média alta no Brasil.
As seis regiões metropolitanas
representam apenas um quarto da população, e, portanto, o recuo da
classe média em janeiro deve ter sido muito maior do que as 765 mil
pessoas. Porém, segundo Marcelo Neri, do Centro de Política Social (CPS)
da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que fez os cálculos, não é
possível extrapolar os números para a população como um todo.
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Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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