Principais
decisões do G-20 no 2009
LONDRES (AFP) - O G-20 decidiu
nesta quarta-feira fechar o cerco aos paraísos fiscais e atuar com
mais firmeza na regulação financeira global. No total, a injeção de
recursos para impulsionar a economia mundial somará US$ 5 trilhões
até 2010. Seguem os principais pontos do comunicado final do
encontro, realizado em Londres.
"Enfrentamos o maior desafio dos
tempos modernos para a economia mundial. Uma crise que se agravou
desde o nosso último encontro, afetando as vidas de mulheres, de
homens, e de crianças em todos os países e frente à qual todos os
países devem se unir para resolvê-la. Uma crise mundial exige uma
solução mundial".
"Partimos do princípio de que a
prosperidade é indivisível e que o crescimento, para ser durável,
deve ser compartilhado (...)".
"Estamos comprometidos hoje a fazer
tudo o que for necessário para:
- restabelecer a confiança, o
crescimento e o emprego;
- reparar o sistema financeiro para
restabelecer o crédito;
- reforçar a regulação financeira
para manter a confiança;
- financiar e reformar nossas
instituições financeiras para superar esta crise e evitar outras.
- promover o comércio mundial e o
investimento, e rejeitar o protecionismo
- promover uma retomada ecológica e
sustentável"
O G20 apresentou um programa de 1,1
trilhão de dólares destinado a estimular o crédito, o crescimento e
o emprego, passando principalmente por um aumento para 750 bilhões
de dólares dos recursos do FMI, por uma injeção de 250 bilhões de
dólares no comércio, e pelas vendas do ouro de reserva do FMI para
ajudar as nações mais pobres.
Restaurar o crescimento e o emprego
O G20 estima em 5 trilhões de dólares
até o final de 2010 o montante das somas injetadas na economia
mundial e "se compromete a fazer o esforço orçamentário necessário
para restaurar o crescimento".
Compromete-se em "fazer o necessário
para restaurar um fluxo de crédito normal no sistema financeiro e
assegurar que as instituições de importância sistêmica permaneçam
saudáveis".
Compromete-se a não desvalorizar suas
moedas com fins de concorrência.
Reforço da supervisão financeira e da
regulação
"A confiança não será restaurada
enquanto não tivermos restaurado a crença em nosso sistema
financeiro". O G20 vai reforçar a coerência das regulamentações
nacionais e os critérios financeiros internacionais, sobretudo, para
"desencorajar tomadas de riscos excessivas". Adotará novos
princípios "exigentes" sobre a remuneração dos banqueiros.
Vai "agir" contra as jurisdições
não-cooperativas, entre elas os paraísos fiscais. "A era do segredo
bancário acabou".
Reforço das instituições financeiras
mundiais
O G20 quer "reformar o mandato, o
campo de ação e a governança" de instituições como o FMI ou o Banco
Mundial, e promete concluir até janeiro de 2011 uma revisão das
cotas do FMI. Os dirigentes dessas instituições serão designados de
maneira "aberta, transparente e baseada no mérito"
Resistir ao protecionismo
O G20 reafirma que "impedirá o
surgimento de novas barreiras" protecionistas até o final de 2010, e
se mantém comprometido em "obter uma conclusão ambiciosa e
equilibrada" da Rodada de Doha
Retomada justa e duradoura para todos
O G20 reconhece "o impacto
desproporcional sobre as pessoas vulneráveis nos países mais pobres,
a dimensão humana desta crise".
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Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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