Fiat assume
controle da Chrysler
O presidente mundial da
fabricante italiana de veículos Fiat, Sergio Marchionne, disse nesta
quinta-feira que o acordo concluído com a americana Chrysler vai
permitir ao grupo italiano ficar "mais forte" e internacionalizado.
A empresa pode inclusive assumir o controle da montadora americana,
com 51% de participação, até 2016.
Com a parceria, a Fiat
ficará inicialmente com 20% de participação na Chrysler --parcela
que pode chegar a 35% se certas metas forem atingidas pela empresa.
A Fiat informou que poderá ainda assumir outros 16% até 2016 se os
empréstimos feitos pelo governo à Chrysler forem todos pagos,
chegando assim a uma participação de 51% --a parcela da Fiat na
Chrysler não poderá exceder 49% até que todo o débito da montadora
americana com o governo seja quitado, diz o comunicado da empresa.
"Estamos certos de que uma Fiat mais
forte e internacional sairá desta aliança", declarou Marchionne, em
um comunicado. Para Marchionne, a operação também representa "para a
Fiat e para toda a indústria automobilística um momento histórico".
"Nosso trabalho começa apenas. Com nossos novos parceiros da
Chrysler, trabalharemos para valorizar o enorme potencial desta
aliança."
A Chrysler tentou até o último
momento chegar a um acordo com alguns dos bancos e fundos de
investimento que formam o consórcio de credores da empresa, aos
quais deve US$ 6,9 bilhões, mas não teve sucesso.
Com isso, a Chrysler pediu hoje
proteção sob o "Capítulo 11" da Lei de Falências americana --o
equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil). O
pedido da empresa vem pouco depois do presidente americano, Barack
Obama, ter afirmado que apoia a decisão da Chrysler tanto pela
concordata como pela parceria com a Fiat.
Em janeiro deste ano, a Fiat e o
fundo de investimentos Cerberus Capital Management (controlador da
Chrysler) anunciaram um acordo preliminar, pelo qual a italiana
ficaria com uma participação de 35% na rival americana, mas não com
pagamento em dinheiro, e sim através da partilha de instalações para
produção de modelos pequenos e mais eficientes no consumo de
combustível, além das redes de distribuição de ambas.
No dia 30 de março, Obama havia dado
um mês para que a Chrysler apresentasse um programa de
reestruturação em que reduzisse seus custos trabalhistas,
equacionasse suas dívidas junto aos credores e fechasse um acordo de
parceria com a concorrente italiana Fiat --Obama ofereceu até US$ 6
bilhões para ajudar a financiar a aliança.
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Fonte:
folha.uol.com.br
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