As empresas querem que o País lidere
as negociações na conferência do clima de Copenhague, em dezembro.
Pedem ainda que o governo produza estimativas anuais de emissões e,
a cada três anos, apresente um inventário. Outra reivindicação é que
o governo simplifique a avaliação de projetos de Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL). Por esse mecanismo, as nações ricas
podem comprar créditos de carbono de projetos sustentáveis feitos em
países em desenvolvimento. Essa é uma forma dos industrializados
conseguirem atingir suas cotas de redução de emissões de
gases-estufa.
Faltam cerca de cem dias para a
reunião de Copenhague, quando os países definirão as metas de
redução de emissões de CO2 que valerão para o segundo período do
Protocolo de Kyoto, em 2013. O ministro do Meio Ambiente, Carlos
Minc, presente ontem no fórum Brasil e as Mudanças Climáticas,
realizado em São Paulo, onde as empresas entregaram a carta, afirmou
que o País levará para Copenhague um "número" - o governo evita
falar em meta - que significará um declínio da curva das emissões
brasileiras de CO2.