Um filme brasileiro foi escolhido
para abrir o festival. "Tempos de Paz", de Daniel Filho, adaptado da
peça "Novas Diretrizes em Tempos de Paz", de Bosco Brasil, já
encerrou o Festival de Paulínia. O filme não se liga necessariamente
à cultura judaica, mas um dos atores, Dan Stulbach, é judeu, a
história remete a experiências vividas por imigrantes poloneses
durante a 2ª Guerra. Outros títulos devem se destacar. "Tehilim - O
Livro dos Salmos", do diretor Raphael Nadjari, é dos melhores. Outro
diretor, o checo Jiri Chlumsky virá à cidade para apresentar
pessoalmente "Promessa Rompida", melhor filme segundo o júri popular
do Festival de Cinema Judaico de Los Angeles deste ano, que conta a
história (real) de Martin Friedmann, jogador de futebol que viu a
família ser levada para os campos de concentração da Polônia e, como
reação, se uniu aos partisans.
A maioria desses filmes já foi
testada - e aprovada - em outros festivais. "Aritmética Emocional",
de Paolo Barzman, passou no Festival Judaico de Boston. Susan
Sarandon sobreviveu ao horror do nazismo, casou-se e constituiu
família no Canadá, mas agora a chegada de dois visitantes a leva a
confrontar um passado que preferiria esquecer. "Acne", do uruguaio
Federico Veiroj, foi premiado em San Sebastián (e ganhou o Goya de
melhor filme estrangeiro em língua espanhola). "A Onda", de Dennis
Gansel, repercutiu bem em Sundance. Em "Duas Senhoras", de Philippe
Faucon, que também passou em Boston, uma jovem enfermeira árabe,
cansada de ser discriminada por sua ascendência, vai dar atenção a
uma judia rica (e idosa). E em "Estranhos", de Erez Tadmor e Guy
Nattiv - Sundance, Festival de Boston, Mostra de São Paulo - um
israelense e uma palestina iniciam uma relação intensa.
Será interessante acompanhar
"Trabalho de Árabe", de Ron Ninio, primeira série israelense a
retratar uma família árabe. Na rigorosa seleção de documentários,
Raphael Nadjari, de "Tehilim", conta uma história do cinema
israelense. "Novos Lares", de Radamés Vieira, investiga a comunidade
judaica de Nilópolis, na Baixada Fluminense, e "Ser Judeu na
França", de Yves Jeuland, retraça, desde o Caso Dreyfuss, a história
do antissemitismo no país. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.
13º Festival de Cinema
Judaico - Cinemark Pátio Higienópolis.
Avenida Higienópolis, 618, tel. (011) 3823-2875. R$ 8. Cinesesc. R.
Augusta, 2.075, tel. (011) 3087-0500. R$ 8. A Hebraica. R. Hungria,
1.000, tel. (011) 3818-8888. Grátis (Teatro Anne Frank); R$ 8
(Teatro Arthur Rubinstein). Teatro Eva Herz - Livraria Cultura.
Avenida Paulista, 2.073, tel. (011) 3170-4033. Grátis.