O vice-campeão mundial estava
acompanhado de sua esposa, Rafaela, e de seu médico pessoal, Dino
Altman. Seu jato deixou o aeroporto da capital húngara com destino a
São Paulo, com escala em Dacar.
Apesar de ainda ter que ser submetido
a novos exames, o piloto não será hospitalizado de novo, segundo seu
pai, Luiz Antonio Massa.
A notícia da transferência de Massa
para o Brasil foi dada por Altman na sexta-feira passada.
"No Brasil, ele prosseguirá com sua
recuperação e voltará às pistas o quanto antes possível", afirmou na
ocasião, assinalando ainda que o piloto da Ferrari não vai precisar
de qualquer tratamento especial para sua reabilitação.
"Tenho sorte de estar vivo", afirmou
Massa em suas primeiras declarações públicas após o grave acidente
que sofreu no Grande Prêmio da Hungria, destacando que vai "voltar a
correr".
"Sei que tenho sorte de estar vivo",
revelou Massa em entrevista ao jornal britânico News of the World.
"Não me lembro de nada sobre o
acidente, mas vou correr outra vez. Quando acordei, não sabia porque
estava no hospital, e aí perguntei: O que faço aqui" - contou o
piloto da Ferrari, que será substituído no Grande Prêmio da Europa,
em 23 de agosto, pelo alemão Michael Schumacher.
"Tentei tirar os tubos e Eduardo, meu
irmão, não deixou e aí brigamos", disse Massa.
"O acidente foi muito azar, mas sei
que tenho sorte em estar vivo. Não me lembro de nada que aconteceu".
"Era a minha corrida, e quando
acordei do coma, não podia acreditar quando me disseram que Lewis
(Hamilton) tinha vencido e Kimi (Raikkonen) havia sido o segundo".
No sábado, Massa recebeu a visita de
Michael Schumacher, que vai substitui-lo ao volante da Ferrari no
Grande Prêmio da Europa em Valencia, no dia 23 de agosto.
Schumacher não deu declarações após
sua ida ao hospital, do qual preferiu sair pela porta dos fundos
para evitar os jornalistas.
"Felipe ficou muito feliz por saber
que Schumacher vai ser seu substituto, e até brincou dizendo que já
está preparado para voltar a correr", afirmou Luiz Antônio Massa.
Massa foi atingido a mais de 250
quilômetros por hora na cabeça por uma peça do amortecedor do Brawn
GP dirigido por Rubens Barrichello, que estava na sua frente, e
acabou desmaiando e se chocando contra o muro de contenção a 190
km/h.
O piloto foi operado de emergência de
uma fratura no crânio e ficou dois dias em coma induzido em um
hospital de Budapeste.