"O plano de Obama, embora seja
embrulhado em sorrisos e pedidos de respeito e compreensão, tem como
objetivo apenas apoiar Israel", diz Al-Zawahri, na mensagem de áudio
de 26 minutos. O vice de Osama bin Laden tem criticado Obama desde a
sua eleição, tendo divulgado uma mensagem na qual referiu-se aos
presidente dos EUA como "um negro de casa", um forma pejorativa de
chamar um negro que é subserviente aos brancos.
"A política de Obama é apenas mais um
ciclo na campanha cruzada e sionista para nos escravizar e humilhar
e para ocupar nossa terra e roubar nossas riquezas", afirmou
Al-Zawahri. A autenticidade da declaração não pôde ser verificada,
mas ela foi publicada num site usado para mensagens de militantes.
Al-Zawahri também ridicularizou
importantes aliados norte-americanos na região - o presidente
egípcio e os reis da Jordânia e da Arábia Saudita - por apoiarem o
processo de paz com Israel. Ele pediu que muçulmanos e palestinos
participem da guerra santa não apenas em Israel e nos territórios
palestinos, mas além dessas áreas, dizendo que há "amplas
oportunidades em outros lugares".
"Nós devemos continuar a jihad para
libertar a terra Palestina e estabelecer um Estado islâmico. Devemos
realizar a jihad contra judeus e todos aqueles que os apoiam, sendo
eles norte-americanos ou ocidentais." Al-Zawahri elogiou os
militantes muçulmanos do Paquistão, afirmando que o conflito no país
é "uma guerra de dignidade e orgulho muçulmano" e advertiu os
palestinos contra as negociações com Israel.
Presos
O número dois da rede terrorista
disse que o grupo "não vai esquecer" seus integrantes mantidos em
prisões norte-americanas. Ele mencionou especificamente Ramzi
Youssef, que foi condenado e cumpre sentença de prisão perpétua pelo
atentado contra o World Trade Center em 1993, além de Khalid Sheikh
Mohammed, o mentor intelectual dos atentados de 11 de Setembro.
Mohammed e outros quatro militantes, mantidos por anos na base
militar de Guantánamo, devem ser julgados por organizar os ataques
que mataram quase 3 mil pessoas.