"Eu penso que nós vamos entrar em
2010 numa situação confortável," afirmou Lula no programa de rádio
Café com o Presidente, veiculado todas as segundas-feiras.
Além de fatores internos como
investimentos em programas como o PAC e o Minha Casa, Minha Vida, a
previsão se deve ao bom desempenho esperado para a economia mundial
no ano que vem, que vai possibilitar que haja um crescimento das
exportações brasileiras, segundo o presidente.
"Eu acho que a economia do mundo
começa a se recuperar, mesmo que lentamente, e isso vai possibilitar
que haja um crescimento das exportações brasileiras... Eu penso que
isso vai fazer que 2010 seja um ano altamente positivo para o
Brasil. Tem gente que fala que a economia vai crescer 6 por cento,
tem gente, que vai crescer 5 por cento, tem gente que fala que vai
crescer 5,5 por cento, eu não quero dizer nenhum número," afirmou.
Mesmo sem arriscar estimativas de
crescimento, Lula garantiu que ela irá aumentar o suficiente para
gerar empregos, aumentar os salários, melhorar a vida da população e
para que os "empresários ganhem mais dinheiro" no sentido de que a
"roda gigante da economia" continue girando.
O mais recente relatório Focus,
divulgado pelo Banco Central, projetou uma queda do Produto Interno
Bruto (PIB) em 2009 de 0,22 por cento. O prognóstico para 2010
aponta crescimento de 5,08 por cento.
Ele voltou a afirmar que o impacto da
crise financeira global em 2009 foi menos intenso no Brasil do que
nos países desenvolvidos. "A crise chegou por último aqui e terminou
primeiro," disse, diagnosticando 2009, do ponto de vista econômico,
como "mais do que bom."
"Nós estamos trabalhando com a
certeza absoluta que 2009 foi um ano em que o Brasil mostrou
competência, mostrou firmeza, ousadia e mostrou que a gente tem uma
preparação macroeconômica vigorosa e que portanto nós preparamos o
Brasil bem para 2010," disse.
Lula admitiu que o Brasil teve um
"problema" no último trimestre de 2008 por conta da crise financeira
global "muito mais por pânico, muito mais por medo, houve uma
brecada muito forte na economia, desnecessária na minha opinião," em
nova crítica à postura dos empresários naquele momento.
Se dizendo mais otimista que qualquer
brasileiro, o presidente Lula disse que "o Brasil não vai parar
mais, o Brasil daqui pra frente vai continuar crescendo, porque nós
queremos nos próximos anos nos transformar quem sabe na sexta, na
quinta, na quarta economia do mundo."