Os padres e agentes de pastoral são
treinados pelo profissionais do governo federal. Os fiéis recebem as
orientações nas missas e encontros comunitários e pelos meios de
comunicação da igreja. "Motivamos as pessoas a saberem a sorologia
antes da manifestação da doença, quando o tratamento já se torna
mais difícil", disse o coordenador da Pastoral da Aids, Frei Luís
Carlos Lunardi.
Em São Paulo a campanha será
coordenada por Cláudio Monteiro, da mesma pastoral. Segundo ele, o
tema "preservativo" deve ficar de fora da conscientização. "O
objetivo é a preservação da vida", disse. Segundo Monteiro, durante
a abordagem, os agentes não devem falar do uso de preservativo. "As
pessoas devem adotar os métodos que estão disponíveis de acordo com
sua própria consciência, como abstinência, fidelidade, monogamia".
Se padres e agentes forem questionados pelos fiéis sobre o uso do
preservativo, a orientação é de que eles sejam encaminhados a postos
de saúde.
"E são os nossos profissionais que
vão incentivar a opção pela camisinha", disse Eduardo Barbosa,
diretor adjunto do departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde.
"Indiretamente, com essa campanha também levamos às pessoas a
prevenção".
Segundo Barbosa, 47% dos brasileiros
que foram diagnosticados com HIV descobriram a doença tardiamente,
quando já apresentavam deficiência imunológica.