"O acordo alcançado entre Estados
Unidos, China, Índia, África do Sul e Brasil solucionou o problema
da (substituição do Protocolo de) Kioto", disse Lula no programa de
rádio "Café com o Presidente".
O chefe de Estado destacou que, "até
o encontro no México", será possível chegar a um acordo para
"definir uma política mundial" que permita frear o aquecimento
global.
Lula disse que, depois da cúpula de
Copenhague, ficou um sentimento de que os governantes "vão ter
sempre entre suas prioridades" a questão da luta contra a mudança
climática.
O presidente aproveitou para criticar
os países industrializados, que, segundo disse, são os "mais
culpados" pelo aquecimento global.
Para o governante, a meta de redução
apresentada pelos Estados Unidos, de 4% em relação aos níveis de
1990, foi "muito pequena", e encorajou outros países ricos a reduzir
suas pretensões.
"Os Estados Unidos, ao tomarem essa
atitude, fizeram com que muitos países europeus e o Japão quisessem
acabar com (o Protocolo de Kioto) sem deixar nada em seu lugar, para
que não tivessem mais compromissos com metas nem com financiamento,
o que é muito grave", concluiu Lula.
O presidente também declarou que,
durante a cúpula, o Brasil "foi reconhecido como a nação que
apresentou a melhor proposta" de redução de emissões.
Em Copenhague, o país se propôs, até
2020, a reduzir entre 36,1% e 38,9% de suas emissões, sempre em
relação aos níveis de 1990.
Esta meta passa por uma redução de
80% do desmatamento da Amazônia, a principal fonte de emissão de
gases estufa no Brasil.