Susanna Maiolo, uma ítalo-suíça, que
sofreria de problemas mentais, foi detida pela segurança do Vaticano
logo em seguida ao episódio e transferida para uma unidade
especializada.
"Nada aconteceu de grave. Trata-se de
uma mulher que tentou cumprimentar o Santo Padre", afirmou por sua
vez o arcebispo de Gênova e presidente da conferência episcopal
italiana, o cardeal Angelo Bagnasco.
Maiolo já contava com mais de 150
amigos e várias mensagens de apoio no site de relacionamentos
Facebook nesta sexta, o que gerou enorme polêmica na Itália.
A jovem de 25 anos, de dupla
nacionalidade italiana e suíça, sofre de problemas mentais. Ela foi
apontada por um dos usuários do Facebook como campeã de "corrida com
obstáculos", devido ao impressionante salto que deu para romper a
barreira de segurança e empurrar o pontífice, que caiu no chão no
meio da procissão.
A presença no Facebook de
simpatizantes de Susanna Maiolo confirma que é necessário intervir a
nível legislativo", comentou o senador Antonio Gentile, do
conservador Partido das Liberdades.
Várias autoridades italianas
solicitam desde outubro que uma investigação seja aberta para fechar
algumas páginas do Facebook que incentivam a agressão e até o
assassinato de figuras públicas, entre elas o chefe do Governo
Silvio Berlusconi.
No dia 13 de dezembro, ao término de
um comício, Berlusconi foi atingido no rosto por uma miniatura da
Catedral de Milão, atirada por Massimo Tartaglia, de 42 anos, que
também sofre de problemas mentais - e imediatamente se transformou
em um herói para os usuários do Facebook.
"Está acontecendo com Susanna Maiolo
no Facebook o mesmo que aconteceu com o agressor de Berlusconi: um
fórum social que enaltece a violência", denunciou Gentile.
"Esperamos que os grupos do Facebook
que elogiam o gesto de Susanna Maiolo pensem na estupidez que
cometem ao lançar uma iniciativa tão desagradável, que deve ser
impedida e condenada", comentou por sua vez Gianfranco Rotondi,
ministro para Programa de Governo.
O Papa, que saiu ileso do incidente,
pronunciou sem problemas a tradicional bênção Urbi et Orbi, durante
a qual sequer citou a agressão que sofreu.
Maiolo foi internada em um centro
médico para pessoas com problemas psiquiátricos, segundo Federico
Lombardi, porta-voz do Vaticano.