Na ocasião, brasileiros e chineses
que participavam de uma festa em Albina foram atacados por
surinameses. O padre José Vergílio, diretor da Rádio Katólica, de
Paramaribo, que foi ao local na sexta-feira, disse à emissora de TV
a cabo "Globonews" que pelo menos sete pessoas haviam sido mortas. O
Itamaraty não confirmou as mortes - registrou apenas a existência de
quatro feridos graves, que foram levados para a capital e
internados.
Ainda segundo a versão do padre, o
conflito teria começado após o suposto assassinato de um morador
local por um brasileiro. Veículos e casas foram queimados. Também
foram registrados saques em lojas de comerciantes de origem chinesa.
O embaixador brasileiro no Suriname,
José Luiz Machado e Costa, que no sábado relatou a existência de
pelo menos 25 brasileiros feridos, foi ontem para Albina, cidade de
cerca de 10 mil habitantes, acompanhado de autoridades do Suriname.
Na noite de ontem, o Itamaraty
divulgou nota em que afirma que "não houve comprovação de mortes de
brasileiros". "As declarações dos nacionais ouvidos coincidiram no
sentido de que não testemunharam nenhum assassinato de brasileiro. A
maioria dos relatos se referia à violência das agressões e à
brutalidade do ataque, mas sem qualquer menção a mortes", diz a
nota.