Avião cai no
Estado de Nova York; 50 pessoas morrem
As autoridades americanas
confirmaram que 50 pessoas morreram depois que um avião da empresa
Continental Airlines caiu nesta madrugada perto do aeroporto
internacional de Buffalo, no Estado de Nova York.
O acidente ocorreu às 22h20 locais de
ontem (1h20 de hoje pelo horário de Brasília) e testemunhas disseram
à imprensa americana que viram o avião, com capacidade para 74
pessoas, voar baixo, com um desnível na asa esquerda.
O governador de Nova York, David
Paterson, atestou que morreram todos os 45 passageiros e os quatro
membros da tripulação do vôo 3407 da Continental Airlines, que havia
saído do aeroporto de Newark (Nova Jersey).
Incialmente, foi informado que
acidente matou 49 pessoas no total. Entretanto, mais tarde, a Colgan
Air, que operava o vôo, avisou que um quinto tripulante estava a
bordo. Segundo comunicado, tratava-se de um piloto da companhia que
estava de folga e viajva sem ter entrado na lista de passageiros da
aeronave.
A outra vítima foi uma pessoa que
estava na casa contra a qual o avião se chocou, na área urbana de
Clarence Center. Mais quatro pessoas se feriram no acidente,
incluindo mãe e filha que estavam na casa atingida pelo avião. Elas
sofreram ferimentos leves e foram liberadas após exames em um
hospital da região.
O avião, um bimotor Bombardier Dash8
Q400 caiu a cerca de 16 quilômetros do aeroporto de Buffalo, segundo
afirmou em entrevista a jornalista o porta-voz do Conselho Nacional
de Segurança no Transporte (NTSB, na sigla em inglês), Ted
Lopatkiewicz.
As imagens da TV local mostraram uma
zona residencial tomada pelas chamas e com os bombeiros tentando
controlar o incêndio gerado pela queda do avião que, aparentemente,
ainda tinha bastante combustível.
"Uma equipe de emergência e
autoridades de aviação estão avaliando a situação e recolhendo toda
a informação possível" para determinar as causas do acidente,
afirmou Paterson em comunicado de imprensa.
O coordenador do serviço de
emergências do condado de Erie, Chris Collins, classificou como
"tragédia" o acidente e assinalou que, após estabelecer um perímetro
de segurança em torno da zona do acidente, "é preciso levar muitos
elementos em conta para começar a investigação".
Segundo Collins, autoridades federais
americanas de aviação civil, assim como os especialistas da
companhia aérea, que tem sua sede em Houston, no Texas, chegarão em
algumas horas para iniciar a investigação.
Por enquanto, as autoridades abriram
uma linha de telefone para informar aos familiares das vítimas sobre
a situação após o acidente.
Conversa com a torre
O site www.liveatc.net divulgou uma conversa radiofônica
supostamente travada entre um dos pilotos e a torre de controle de
Buffalo, que não transparecia preocupação, apesar de o controlador
passar instruções para que o avião voasse a uma altura de 2,3 mil
pés (700 metros).
Um minuto após essa comunicação o
controlador, de Buffalo, tenta falar de novo com o avião, mas já não
há resposta, e ele volta a tentar.
Após não conseguir, o controlador,
segundo a conversa postada no site, pediu ao piloto de um avião da
companhia Delta que voava próximo que "veja se há, a umas cinco
milhas à sua direita, um Dash 8 voando a 2,3 mil pés. Vê algo por
ali?". O piloto do Delta responde: "negativo".
Chris Kausmer, parente de uma
passageira, expressou comovido às redes de TV locais que "esperava
notícias da irmã" e que "temia o pior".
Emocionado, Kausmer afirmou que a
única coisa em "que pode pensar no momento" é que sua mãe e seus
dois filhos "têm que pegar um avião da Flórida" até Nova York.
Especialistas consultados por redes
de TV como a CNN citaram a possibilidade de que as más
condições meteorológicas, de chuva gelada e vento forte, possam ter
influído no acidente.
Segundo as autoridades locais de
Buffalo, 12 casas que pegaram fogo foram evacuadas, e seus moradores
foram levados a hospitais e centros de emergência para atendimento.
Um porta-voz da Continental Airlines,
citado pela "CNN", informou que as equipes de sua subsidiária Colgar
Air, que tem sua sede em Manassas, na Virgínia, já iniciaram o
processo de coleta de informação para ajudar a determinar as causas
do acidente.
Pouso no rio Hudson
Este é o segundo acidente aéreo que ocorre no estado de Nova York em
menos de um mês. Em 15 de janeiro, o piloto de um Airbus-320 da
companhia US Airways, que levava 155 pessoas a bordo, se viu
obrigado a fazer um pouso de emergência nas águas do rio Hudson.
Também é o primeiro acidente aéreo de
voos comerciais com vítimas fatais nos Estados Unidos desde 27 de
agosto de 2006, quando um avião da Comair, bateu ao decolar do
aeroporto de Lexington, em Kentucky.
O número de mortos foi o mesmo, 49,
mas naquela ocasião todas elas pessoas que estavam à bordo, sem
vítimas externas.
Fonte:
exclusivo.terra.com.br
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