Barbie chega aos
50 anos
NOVA YORK (AFP) - Acusada de
deformar a imagem da mulher entre as meninas e favorecer a anorexia,
ameaçada pela concorrência e pela queda brutal de suas vendas, a
boneca Barbie chega aos 50 anos em meio a muitas dificuldades.
Nascida Barbara Millicent Robert em 9
de março de 1959 em Willows, em Wisconsin (norte), a boneca-manequim
de 29 centímetros de altura, pernas longas e seios salientes para
parecer natural, bateu todos os recordes depois de ter causado
polêmica numa Feira de Brinquedos naquele ano em Nova York.
Com 300.000 exemplares em 1959, este
brinquedo - hoje o mais vendido no mundo, segundo as pesquisas de
mercado -, inspirou mais de 70 estilistas, entre eles os mais
famosos. Seu fã-clube tem 18 milhões de membros, ela se socializa no
Facebook e no MySpace, além de ter revolucionado o mundo das
crianças e também dos pais que tentaram em vão resistir a ela.
Muitas mulheres sonharam em ter uma
Barbie até a idade adulta e muitas mães de família se orgulham de
sua coleção.
"A Semana da Moda, que será
inaugurada em Nova York, em 12 de fevereiro, programou um evento
onde 50 estilistas comemorarão os 50 anos da Barbie como ícone da
moda, e apresentarão um desfile de gerações (passado, presente e
futuro)", segundo um comunicado. O desenhista de calçados francês
Christian Louboutin estará presentes para falar dos sapatos da
boneca.
A criadora Vera Wang desenhou um
vestido de noiva que será vendido por 15.000 dólares em sua versão
para mulheres de verdade. A boneca com o mesmo vestido custa 159,99
dólares na "Toys"R"Us", a loja da Times Square onde a Barbie tem um
canto inteiro, transformado em palácio onde o rosa domina.
O fabricante de brinquedos Mattel,
pai da Barbie, acaba de assinar um contrato com a Associação dos
Estilistas americanos. Sua presidente, Diane von Furstenberg, vê na
Barbie uma mulher independente e confiante, dotada de uma enorme
capacidade para se divertir sem perder a elegância.
A editora Assouline está publicando
uma obra chamada "Barbie", que será vendida a 500 dólares e mostrará
a boneca loira de Prada, Karl Lagerfed e Alexander McQueen.
Para suas 108 profissões, a Barbie
teve todas as roupas e acessórios combináveis, 1 bilhão de roupas
segundo seu site oficial, principalmente um uniforme aprovado pelo
Pentagone para seu alistamento no exército americano em 1989.
Depois de seus "looks" à la Grace
Kelly dos anos 1960, ela vestiu de Woodstock nos anos 1970, se
tornou mulher de negócios nos anos 1980 e chegou à Casa Branca em
1992. Em seguida, chocando o público, ela rompeu o relacionamento
com seu noivo Ken em 2004.
Mas além de sua vida de casal, a
própria Barbie está em perigo. Suas vendas caíram em 2008, pelo
sétimo ano consecutivo depois do surgimento de sua concorrente Bratz,
uma boneca que mostra o umbigo, o que a Barbie só passou a ter em
2000.
A Mattel considera ter os direitos
deste produto, criado por um antigo funcionário e lançado em 2001
pela MGA Entertainement. Os processos hora dão vitória a um hora dão
vitória a outro.
E, para piorar ainda mais a situação,
a Barbie e seu fabricante terão de enfrentar o lançamento iminente
de "Toy Monster: The Big, Bad World of Mattel" ("O monstro dos
brinquedos: o grande e malvado mundo da Mattel", numa traduçãol
livre). O autor deste livro, Jerry Openheimer, revela, entre outras
coisas, a vida sexual de Jack Ryan, o engenheiro que criou a Barbie
e o Ken.
Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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