Bebê é dado como
morto em SP, fica 4 horas sozinho e sobrevive
Uma bebê prematura foi dada
como morta durante o parto, na última sexta-feira (3), e, depois de
passar quatro horas sozinha na sala cirúrgica, foi vista se mexendo
por uma faxineira que a recolheria com o lixo hospitalar. A família
tinha registrado o óbito quando soube que ela estava viva. O parto
ocorreu às 18h25, e a criança foi achada pela funcionária às 22h30.
O Hospital Estadual Leonor Mendes de
Barros, no Belém, na zona leste de São Paulo, abriu sindicância para
apurar o caso.
Segundo a mãe da menina, a
dona-de-casa Renata Alves de Oliveira, 32, os médicos não
acreditaram na primeira vez em que a faxineira alertou sobre a bebê.
Foi preciso que ela os chamasse novamente para que prestassem
socorro.
Em caso de natimortos com até 500
gramas, o feto é descartado com o lixo hospitalar. Só que a menina
prematura nasceu com 725 gramas, de acordo com seus pais. A criança,
que recebeu o nome de Giovana Vida Góes, nasceu quando a mãe estava
com seis meses de gestação.
Na sexta, Renata começou a ter dores
e os médicos informaram que ela estava entrando em trabalho de
parto. A mãe conta que os médicos optaram por não fazer uma cesárea
porque avaliariam que não havia chances para o bebê.
Durante o parto, primeiro apareceram
as pernas, e a cabeça ficou presa. "Cheguei a senti-la e também
achei que estivesse morta", conta a mãe.
Renata diz o fato de a filha estar
viva é um "milagre", mas fala que, se houve falha, o responsável
deve ser punido.
O pai da bebê, o motorista Alexandre
Góes, 32, que havia registrado a morte, voltou à polícia. Desta vez
para dizer que a filha estava viva. O bebê está em estado
gravíssimo.
Outro lado
A Secretaria de Estado da Saúde
afirmou ontem que o Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros
abriu sindicância interna para apurar o caso. A investigação deve
ser concluída em até 45 dias, segundo a secretaria.
Segundo a pasta, o caso será
informado nesta semana ao Cremesp (Conselho Regional de Medicina), a
quem cabe cassar ou não o registro do profissional.
A pasta não informou o nome do médico
e se ele continua a trabalhar nem se manifestou sobre as acusações
da família de que um funcionário teria dito que a gestante tinha
outros três filhos e por isso não haveria problema se o bebê
morresse. Procurada pela reportagem, a direção do hospital não foi
localizada para comentar o assunto.
Fonte:
folha.uol.com.br
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