Bin
Laden convoca 'guerra
santa'
contra Israel
O terrorista Osama bin Laden,
líder da rede Al Qaeda, lançou uma gravação na qual chama "a nação
muçulmana" a uma "guerra santa" contra Israel, nesta quarta-feira.
Israel, que tem nos Estados Unidos seu principal aliado, ataca a
faixa de Gaza há 19 dias, para exterminar o grupo radical islâmico
Hamas. A ofensiva já matou ao menos 940 palestinos.
Nenhum órgão
independente confirmou a autenticidade da gravação.
"Há apenas uma maneira de promover o
retorno da Al Aqsa [famosa mesquita de Jerusalém] e da Palestina,
que é a jihad [guerra santa] no caminho de Deus", afirmou Bin Laden
no vídeo, que dura 22 minutos e foi divulgado por sites de
militâncias islâmicas. "O trabalho é convocar as pessoas à jihad e
alistar os jovens em brigadas."
"Nação muçulmana, você pode derrotar
a entidade sionista com suas famosas habilidades e sua grande força
escondida mesmo sem o apoio de líderes [árabes] e a despeito do fato
de grande parte deles [dos líderes árabes] estarem em barricadas"
inimigas, disse o terrorista.
Desta vez, a voz atribuída a Bin
Laden é reproduzida enquanto fotos dele e da mesquita de Al Aqsa são
exibidas. A voz é similar à atribuída ao terrorista em gravações
anteriores, mas não há as habituais legendas em inglês nem efeitos
visuais, o que pode sugerir que o material foi produzido às pressas.
Na gravação, Bin Laden afirma ainda
que os líderes árabes "evitam a responsabilidade" de libertar os
palestinos e pediu que, se eles não estão "convencidos da luta",
deveriam abrir o caminho para "aqueles que estão".
"Nossos irmãos palestinos, vocês
sofreram muito. Os muçulmanos simpatizam com vocês no que veem e
ouvem. Nós, mujahedin [os combatentes islâmicos], simpatizamos
também." "Nós estamos com vocês e não vamos decepciona-los. Nosso
destino está atrelado ao de vocês na luta contra a coalizão
sionista, na batalha pela vitória ou pelo martírio."
Segundo a empresa americana
IntelCenter, que monitora mensagens de militantes islâmicos, na
mensagem, Bin Laden também menciona o fim do governo de George W.
Bush e a posse de Barack Obama, no próximo dia 20; além da atual
crise financeira mundial.
Conflito
Nesta quarta-feira, Israel mantém
grande ofensiva em Gaza, com lançamentos de bombas e ataques,
principalmente, contra os túneis que ligam o território israelense
ao Egito. "Utilizaram bombas que atingiram os túneis profundos e
abalaram o campo de refugiados de Rafah. Todo o chão tremeu sob
nossos pés", disse o câmera palestino Bassam Abdallah. "Costumávamos
ter medo, mas agora estamos acostumados."
Pela manhã, três mísseis modelo
katyusha lançados a partir do Líbano atingiram o norte de Israel sem
deixar vítimas. O ataque foi respondido por Israel com artilharia, e
os militares do Estado hebreu alertaram o governo e o Exército
libanês de que são responsáveis por impedir ataques a partir de seu
território --há o temor de que o grupo libanês Hizbollah se envolva
no conflito na faixa de Gaza, em favor do Hamas.
Trata-se do quarto ataque a forças
israelenses saídos dos países vizinhos a Israel, desde o início da
ofensiva. Os outros ocorreram na Síria e na Jordânia.
Horas depois, mais três mísseis
--maiores que os Qassam normalmente lançados pelo Hamas-- foram
lançados desde a faixa de Gaza.
Por volta das 13h (9h de Brasília),
as sirenes de alerta para ataques aéreos soaram por cerca de 30
segundos em vários pontos de Israel, inclusive em Jerusalém, por
causa de erros técnicos, informou o Exército. O sinal provocou
pânico e levou várias pessoas a se esconderem em abrigos.
Fonte:
folha.uol.com.br
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