O desenvolvimento da tecnologia
genética e a preservação do DNA das espécies será a ferramenta a ser
utilizada para ressuscitar mais de 50 espécies em extinção, a
exemplo do Neanderthal, que viveu há 25 mil anos, na mesma época do
Homo sapiens. A lista de espécies que poderiam ser "ressuscitadas"
ou recriadas em laboratório inclui o gorila, ainda existente nas
florestas da África Ocidental, mas sob risco de desaparecer.
O "milagre" seria possível graças ao
bom estado do DNA mantido em alguns fósseis. Segundo estudos, embora
seja pouco provável que a informação genética sobreviva mais de um
milhão de anos após a morte do homem ou do animal, o DNA de espécies
mortas há 100 mil anos poderia ser parcialmente preservado em
circunstâncias especiais, como em caso de congelamento ou da
permanência do fóssil em cavernas ou locais escuros e secos, o que
manteria o código genético intacto.
"É difícil dizer algo que nunca vai
ser possível", resume o especialista Svante Pääbo, do Instituto Max
Planck de Antropologia Evolucionária, de Leipzig, na Alemanha.