Lula diz que
Brasil vai recuperar empregos perdidos
BRASÍLIA (Reuters) - O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que,
com os sinais de recuperação da economia nacional, o Brasil poderá
retomar os empregos perdidos por conta da crise financeira até o
final do ano e entrar em 2010 "numa situação altamente confortável".
Lula destacou que o governo tomou
diversas medidas para incentivar a economia, facilitar o crédito e
impulsionar o consumo, fazendo com que já se note uma recuperação na
indústria, no comércio e no mercado de trabalho.
"Eu e a equipe econômica toda...
todos nós trabalhamos com a hipótese que o Brasil entre em 2010 numa
situação altamente confortável, produzindo bem, recuperando a
capacidade produtiva das nossas empresas", afirmou Lula no seu
programa semanal de rádio "Café com o presidente".
"Nós queremos que o Brasil volte ao
ritmo de crescimento que tinha antes da crise para que o Brasil em
pouco tempo se transforme numa das economias mais importantes do
mundo."
Segundo dados do Cadastro Geral de
Emprego (Caged), do Ministério do Trabalho, a economia brasileira
registrou aumento de vagas com carteira assinada em junho pelo
quinto mês consecutivo.
Foram geradas no mês passado 119.495
vagas formais. A economia brasileira acumula saldo líquido de
299.506 novos empregos com carteira assinada no primeiro semestre e
de 390.322 no período de 12 meses até junho.
"Esse é o dado mais positivo, porque
nós já recuperamos metade dos empregos que nós perdemos na crise.
Significa que até o final do ano nós poderemos recuperar tudo que
perdemos e começar ter novos ganhos na geração de empregos",
ressaltou o presidente.
Para Lula, o que o governo havia
afirmado vem se confirmando: "Tanto nós dizíamos que a crise tinha
chegado por último aqui como ela iria terminar primeiro aqui por
causa do potencial do mercado interno brasileiro".
De acordo com o presidente, a recente
confirmação pela General Motors de investimentos de 2 bilhões de
reais no Brasil até 2012 é sinal de que as indústrias acreditam na
força da economia brasileira.
A GM quer desenvolver uma nova
família de veículos voltada ao mercado sul-americano, região
considerada estratégica para a montadora norte-americana que procura
se recuperar de uma concordata.
"Uma demonstração que as indústrias
voltaram a confiar no Brasil. Estão percebendo a solidez da economia
brasileira, estão percebendo as medidas que o governo tomou e eu
acho que agora nós entramos numa fase de crescimento e essa fase de
crescimento tem que ser sustentável", afirmou o presidente.
Segundo o último relatório de
projeções do mercado, levantado pelo Banco Central, as estimativas
são de uma contração econômica de 0,34 por cento este ano e
crescimento de 3,60 por cento em 2010.
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