As irregularidades estão detalhadas
em relatório de análise financeira, de outubro de 2008, sobre a
prestação de contas final, entregue ao ministério pelo instituto. A
ONG entregou sua defesa e o ministério deve concluir a análise
dentro de duas semanas.
Conforme o relatório, boa parte da
verba - R$ 116 mil, 52% do total captado - foi parar nas contas de
empresas e ONGs ligadas à família Sarney. A TV Mirante, veículo
líder do grupo, teria ficado com R$ 67 mil. Outra parte, segundo o
documento, ficou com a Rádio Mirante e a Gráfica Escolar, ligadas ao
grupo, além da Associação dos Bons Amigos das Mercês, uma ONG
dirigida pela família.
O Centro Brasileiro de Produção
Cultural (CBPC), mais uma entidade suspeita de ser comandada pelo
grupo, obteve R$ 27 mil. As notas fiscais anexadas à prestação de
contas revelam que a entidade tem por endereço o prédio onde
funcionam a TV Mirante e o jornal "O Estado do Maranhão", da
família. Fernando Sarney não respondeu às ligações para comentar a
denúncia. O escritório do advogado Eduardo Ferrão, que defende a
família Sarney, disse desconhecer o teor do relatório.