HPV - SÍNTOMAS E
TRATAMENTOS
Ameaça silenciosa à saúde de
homens e mulheres e considerado uma Doença Sexualmente Transmissível
(DST), o Papiloma Vírus Humano, mais conhecido como HPV, atinge, em
geral, a população jovem, de 14 a 29 anos, e não tem cura.
Existem mais de 100 variações do
vírus, os considerados de alto risco (oncogênicos), que podem
resultar no câncer de colo de útero, e os de baixo risco, que
provocam outras manifestações, como o surgimento de verrugas
acinzentadas (condiloma).
De acordo com o Ministério da Saúde, são registrados 137 mil novos
casos da doença a cada ano no país. "Estudos sugerem que após 12
meses da primeira relação sexual, 30% das mulheres já apresentam
determinados tipos de HPV", comenta a ginecologista Sueli Raposo, do
Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica/ DASA.
Os números refletem uma das maiores preocupações em torno do HPV: a
de que ele pode ser transmitido com bastante facilidade e muita
gente desconhece como o contágio pode acontecer. O ginecologista
José Maria Soares, um dos autores do livro "Ginecologia" (Editora
Manole), ajuda a esclarecer as dúvidas em torno do assunto.
1. Usar preservativo já é o suficiente para evitar a
transmissão do HPV?
Não. A camisinha é essencial para reduzir os riscos, mas não elimina
a chance de contaminação. Uma vez que o vírus pode ser transmitido
através do atrito da pele com uma área infectada, o preservativo vai
proteger apenas a região do pênis que é recoberta por ela. Se há
contato com outras áreas expostas contaminadas, como a região púbica
e escrotal masculina ou com a vulva feminina, as chances de
transmissão existem.
2. É possível que a transmissão ocorra através do contato
com toalhas, roupas íntimas e até pelo vaso sanitário?
Sim. O HPV é mais resistente que o HIV, porque sobrevive
por mais tempo no ambiente. O risco de contágio dessas maneiras é
menor, mas existe. Logo, se uma pessoa tiver atrito com uma peça
infectada, a chance de contaminação não pode ser descartada.
3. E no caso de compartilhar a mesma lâmina ou fazer
depilação com objetos usados por mais de uma pessoa?
Também há a chance de transmissão. E quando envolve sangue,
o risco aumenta mais ainda.
4. A manifestação do HPV ocorre de maneira igual no corpo de
homens e mulheres?
Nas mulheres, podem aparecer na forma de feridas ou a aglomeração de
verrugas acizentadas (chamado de condiloma acuminado) por toda a
área genital. Para chegar a esse ponto, tudo vai depender da
imunidade de cada uma. Pode levar uma semana, meses, anos ou, às
vezes, a ferida pode nunca ocorrer. Os homens, em geral, não
apresentam lesões visíveis no pênis, mas em alguns casos a
inflamação pode aparecer.
5. Quais são os outros sintomas que as mulheres podem
apresentar?
A maioria das pacientes não tem sintomas, mas o mais comum
são coceiras, prurido e lesões. A úlcera vulvar, quando uma lesão
abrasiva destrói a camada de pele, é mais rara.
6. O HPV pode ocasionar outras doenças?
Sim, nas mulheres, alguns tipos do vírus podem ocasionar o
câncer de colo de útero. O HPV também pode estar associado a doenças
venéreas, tais como sífilis, gonorreia e clamídia.
7. Mas qual a melhor maneira de se prevenir contra o HPV?
Usar preservativo nas relações sexuais, ter um parceiro
fixo, além de cuidados higiênicos, como não compartilhar objetos
pessoais ou sentar no vaso sanitário de banheiros públicos são ações
preventivas. Os homens devem passar por exames laboratoriais
periódicos. Já as mulheres devem fazer o exame preventivo
papanicolau ao menos uma vez por ano para detectar a presença do
vírus. E, quando um dos parceiros percebe qualquer alteração nas
áreas genitais, como lesões, vermelhidão ou verrugas, precisa
procurar um médico imediatamente. Outra forma de prevenção é a
vacinação.
8. Existe uma vacina? Como ela funciona?
Sim. É mais uma medida preventiva. A vacina é comercializada no
Brasil por dois laboratórios e protege contra algumas variações do
HPV. De acordo com estudos clínicos, é indicada para uso em mulheres
de 9 a 26 anos de idade. A eficácia em outras faixas etárias e em
homens ainda está sendo estudada. A aplicação é feita em três doses,
sendo a primeira na data escolhida e as demais com intervalos de 45
dias. A vacina deve ser reforçada a cada ano.
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