Resistência ao
Tamiflu, medicamento usando para tratar gripe suína
Japão, China, Canadá e
Dinamarca apresentaram registros de resistência ao tamiflu,
medicamento usado no tratamento da gripe suína --como é conhecida a
influenza A (H1N1). Devido a isso, o Ministério da Saúde adverte as
pessoas não se automediquem. "É um sinal de alerta que mostra que o
medicamento tem que ser usado com precaução. O tratamento com
antiviral é para pessoas que apresentam fator de risco", disse o
diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo
Hage.
Um erro técnico levou o Ministério da
Saúde a corrigir o número de mortos devido à gripe suína no Brasil
nesta sexta-feira. O número correto é de 29 mortos e não 34 segundo
divulgado nesta quinta-feira.
No ranking mundial de mortes por
gripe H1N1, o Brasil aparece atrás de outros países da América do
Sul. No Chile, que lidera o número de mortalidade na região, são
0,40 mortos para cada 100 mil habitantes. Na Argentina, esse número
cai para 0,34. No Brasil, são 0,015 mortos para cada 100 mil
habitantes.
Hage explicou que os sintomas e o
tratamento das pessoas que apresentam a gripe H1N1 e a gripe comum é
exatamente o mesmo. Segundo ele, são considerados graves apenas os
casos em que as pessoas apresentam dificuldade de respirar e febre
acima de 38 graus. "Não há distinção comprovada entre o quadro
clínico de H1N1 e da gripe sazonal", afirmou.
Entre os 1.566 casos de Influenza
H1N1 contabilizados pelo Brasil, 222 são considerados graves. Em
termos proporcionais, 57% dos contaminados são mulheres e 60% dos
casos ocorrem em jovens e adultos entre 20 e 49 anos.
O Ministério da Saúde ainda
recomendou que estudantes, principalmente das regiões Sul e Sudeste,
que apresentarem quadro de gripe, febre alta, dores no corpo e
dificuldade para respirar, não retornem às aulas. A recomendação
vale também para professores, diretores e pessoas que trabalham em
escolas.
"O ambiente fechado facilita a
transmissão", disse Hage, Ele acrescentou, no entanto, que estudos
feitos nos Estados Unidos e na Europa mostram que suspender as aulas
não impede a circulação do vírus. "É apenas uma medida para as
próprias crianças", completou.
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