Partidos se unem por saída
de Sarney
Inconformada com a intervenção
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para manter José Sarney
(PMDB-AP) na presidência do Senado, a oposição volta ao Congresso
hoje disposta a organizar uma ação conjunta para reagir ao Palácio
do Planalto e desestabilizar o peemedebista. "O DEM não se dá por
vencido diante da interferência do Lula. Vamos continuar defendendo
a licença de Sarney", disse o líder do partido, José Agripino (RN).
Além de mobilizar a própria bancada, ele vai sugerir ao PSDB, ao PDT
e a dissidentes de partidos da base governista que se reúnam para
acertar uma tática comum que comece "centrando fogo" na instalação
da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.
A avaliação geral é de que a
gravidade da situação não comporta movimentos individuais e de que
cabe aos partidos dar o primeiro passo. A oposição planeja uma
ofensiva para criar o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do
Senado. O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) aposta que não será
difícil mobilizar os insatisfeitos, porque o desconforto é grande
até no PT. "A partir desta semana, haverá um movimento dos senadores
que não aceitam o comando de Sarney", prevê o pedetista.
"Tudo é legítimo se o objetivo for
salvar o Senado", diz o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio
Guerra (PE), certo de que a crise vai continuar, a despeito da
intervenção do Planalto para manter Sarney.
Leve o as Notícias para o seu site ou
blog
Fonte
Veja historial completo das
notícias destacadas
|