CPI paralisa a
Petrobras
O presidente da Petrobras, José
Sergio Gabrielli, alertou hoje que a CPI da Petrobras, que será
instalada hoje no Senado, pode paralisar a companhia. "Não
gostaríamos que a CPI se transformasse em alvo de investigação para
descobrir o que investigar", disse hoje, em entrevista na Unidade de
Negócios da Industrialização do Xisto, em São Mateus do Sul, no sul
do Paraná, a cerca de 150 quilômetros de Curitiba. "Não porque
investigar seja ruim, mas o problema é que isso poderá vir a
paralisar a companhia."
Segundo ele, cada assunto a ser
discutido envolverá muitas pessoas para responder ou fazer
levantamentos de informações. "Vamos fazer todos os esclarecimentos
necessários para todas as questões que existirem", garantiu. Para
isso, Gabrielli pretende alterar sua rotina de trabalho, com a
permanência de dois dias por semana em Brasília dedicados somente à
CPI. "O dia vai ter mais que 24 horas agora", acentuou.
A iniciativa de falar sobre a CPI na
entrevista coletiva sobre os 55 anos do início da exploração de
xisto no País foi do próprio presidente, quando explanava sobre os
US$ 174,4 bilhões a serem investidos até 2013. "O plano de
investimentos atrai várias atenções e esperamos que a iniciativa das
investigações sobre fatos determinados não atrapalhe nosso setor de
investimentos, esperamos que as iniciativas, particularmente do
senador Álvaro Dias (PSDB-PR), não venham a atrapalhar os
investimentos, particularmente no Estado do Paraná", afirmou.
No mesmo tom, o diretor de
Abastecimento da empresa, Paulo Roberto Costa, alertou: "Se parar
investimentos vai parar contratos, se parar contratos vai ter
demissões". Segundo ele, o País será prejudicado. "Alguém depois vai
ter que explicar esses prejuízos", acrescentou. Gabrielli, que
retornou domingo de viagem ao exterior, disse que ainda não há
repercussão internacional sobre a Petrobras em função da CPI. "A
continuidade dessa campanha, a permanente presença da Petrobras não
mais nas páginas econômicas, mas nas páginas políticas e de
denúncias dos jornais, evidentemente vai impactar sobre a reputação
da Petrobras", lamentou.
O ministro do Planejamento, Paulo
Bernardo, que acompanhava Gabrielli, disse que "aparentemente" a
oposição tem a CPI como única estratégia de atacar o governo.
"Passaram o ano passado todo torcendo para que a crise fizesse
arrefecer o ritmo de crescimento, causasse problema social no País
porque isso provavelmente diminuiria a popularidade do governo e
levaria alguma vantagem para eles", afirmou. "É uma
irresponsabilidade grande, uma forma de tentar criar problema,
procurar problemas para ver se criam constrangimento."
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Fonte:
br.noticias.yahoo.com
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