PANDEMIA DE GRIPE
SUÍNA
O governo do México mudou seus
planos e decidiu manter o alerta pela epidemia de gripe suína no
país, o epicentro da infecção pelo novo tipo de vírus influenza A
H1N1, depois que a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou nesta
quinta-feira que a doença atingiu o nível de pandemia.
"Diante dessa situação, não podemos
remover o alerta [...] vamos mantê-lo por algumas semanas", disse o
ministro da Saúde mexicano José Angel Córdova. Ele mesmo havia
anunciado dias atrás que planejava suspender o alerta de epidemia da
nova gripe.
O ministro afirmou que a decisão não
significa que a declaração de uma pandemia tenha um impacto
importante no México, porque o vírus no país "já está em uma fase
endêmica e não em uma fase epidêmica".
As autoridades de saúde mexicanas
informaram nesta quinta-feira que houve mais uma morte causada pela
doença no país, o que eleva para 109 o número de mortos na epidemia.
O total de registros de pessoas infectadas chegou a 6.403. No
balanço divulgado pela OMS na manhã desta quinta-feira são
registrados 6.241 casos no país e 108 mortes.
"O México está em uma fase de
controle do vírus, que não vai desaparecer, mas haverá poucos casos,
que serão controlados", disse o ministro da Saúde.
Na última segunda-feira, o
coordenador da ONU (Organização das Nações Unidas) para Gripe
Aviária e Segurança Alimentar, David Nabarro, disse que a reação
demonstrada pelas autoridades mexicanas ao surto de gripe suína no
país foi "excelente".
Nabarro elogiou o compartilhamento de
informações com outros países e o funcionamento global do sistema de
saúde, melhorado nos últimos anos graças à cooperação entre vários
órgãos e governos. Ele ainda ressaltou a importância de diagnósticos
eficientes serem obtidos em pouco tempo "para ajudar o mundo a se
preparar para uma [eventual] pandemia".
"Moderada"
A diretora-geral da OMS, Margaret
Chan, anunciou nesta quinta-feira a elevação para o nível máximo do
grau de alerta por causa da gripe suína, mas afirmou que se trata de
"uma pandemia moderada". A decisão de declarar a pandemia (epidemia
generalizada) --a primeira em 41 anos-- foi tomada devido à
abrangência mundial da doença, que já atinge 74 países, e não à
periculosidade do vírus.
A última declaração de pandemia
ocorreu em 1968, quando um surto de gripe causou a morte de mais de
1 milhão de pessoas em todo o mundo. Em todo o século 20, foram
registradas três pandemias.
A transmissão intercomunitária do
vírus, assim como a extensão geográfica dos novos casos, são os
principais critérios analisados pela OMS para determinar a passagem
da fase cinco para a fase seis, o nível máximo na escala de alerta
de pandemias.
"Pandemia significa extensão [do
vírus]. Mas um maior nível de alerta pandêmico não significa
necessariamente que vamos ver um vírus mais perigoso ou que muita
gente vá ficar gravemente doente", disse, em entrevista coletiva,
A última declaração de pandemia
ocorreu em 1968, quando um surto de gripe causou a morte de mais de
1 milhão de pessoas em todo o mundo. Em todo o século 20, foram
registradas três pandemias.
A transmissão intercomunitária do
vírus, assim como a extensão geográfica dos novos casos, são os
principais critérios analisados pela OMS para determinar a passagem
da fase cinco para a fase seis, o nível máximo na escala de alerta
de pandemias.
"Pandemia significa extensão [do
vírus]. Mas um maior nível de alerta pandêmico não significa
necessariamente que vamos ver um vírus mais perigoso ou que muita
gente vá ficar gravemente doente", disse, em entrevista coletiva, a
diretora-geral da OMS.
O anúncio desta quinta-feira,
aguardado nos últimos dias, é a confirmação científica de que um
novo vírus da gripe surgiu e rapidamente se espalhou pelo globo, e
não que o vírus se tornou mais perigoso.
A OMS irá pedir aos laboratórios para
acelerar a produção de uma vacina contra a gripe suína. A declaração
também irá fazer com que governos invistam mais dinheiro em medidas
para conter o vírus.
A diretora da OMS descreveu o vírus
como "moderado". Ela salientou que a maioria dos casos é leve e não
precisa de tratamento. Entretanto, existe o temor de que uma série
de novas infecções possa lotar os hospitais, especialmente nos
países mais pobres.
Cerca de metade das pessoas que
morreram após contrair o vírus da gripe suína era de jovens
saudáveis --público que normalmente não é suscetível à gripe comum,
que atinge entre 250 mil e 500 mil pessoas por ano.
A decisão de aumentar o nível de
alerta poderia ter sido tomada antes se a OMS tivesse informações
mais acuradas em relação à Europa. Chan disse que ela convocou uma
reunião de emergência para esta quinta-feira com especialistas em
gripe depois que foram levantadas dúvidas sobre se alguns países,
como o Reino Unido, estavam ou não reportando os casos registrados
de forma cuidadosa.
Após o encontro, a diretora da
organização disse que os especialistas concordaram que o vírus se
espalhou mais do que estava sendo informado.
Na última quarta-feira, a OMS relatou
que 74 países informaram sobre 27.737 casos da doença, incluindo 141
mortes.
Sintomas
A gripe suína é uma doença
respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é
transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da
gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça
intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e
fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma
amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco
primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e
examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já
utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1,
segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático,
de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados
Unidos).
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Fonte:
folha.uol.com.br
Novartis produz
vacina contra gripe suína
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