Helicóptero da
Marinha resgata peça do Airbus da Air France
Uma peça de 2,5 metros
quadrados utilizada para acomodação de cargas em aviões e duas boias
do Airbus que fazia o voo 447 da Air France foram resgatadas das
águas do Atlântico por volta das 13h desta quinta-feira. Segundo a
Aeronáutica, o objeto foi avistado distante 550 km de Fernando de
Noronha (PE) pelo avião C-130 Hércules da FAB (Força Aérea
Brasileira). É a primeira peça da aeronave retirada do oceano.
A Aeronáutica informou
que a peça foi resgatada por um helicóptero Lynx que estava na
fragata Constituição, uma das três embarcações da Marinha engajadas
nas buscas.
As três embarcações da marinha
mercante --dois de bandeira holandesa e um de bandeira francesa--
deixaram as áreas das buscas nesta quarta-feira (3). De acordo com a
Marinha, eles tiveram problemas logísticos --um dos navios de
bandeira holandesa iria ficar sem combustível se permanecesse nas
águas próximas aos destroços.
O trabalho da Aeronáutica e da
Marinha estão sendo feitos de forma integrada. Cabe às aeronaves
orientar os locais de encontro das peças e passar as coordenadas
geográficas aos navios.
No mar, a coordenação dos trabalhos
de busca estão sob o comando da embarcação Constituição no que eles
denominam CCA (Comando de Cena de Ação). Auxiliando os trabalhos da
Constituição, que é uma fragata, estão o navio-patrulha Grajaú e a
corveta Caboclo.
Na manhã desta quinta, a Aeronáutica
informou ter localizado mais destroços do avião, entre eles mais
partes internas da aeronave.
"Estávamos dando uma prioridade para
corpos, mas como não estamos encontrando, não podemos aguardar mais
tempo para recolher os destroços. Então, vamos começar a fazer as
duas coisas ao mesmo tempo", disse em Recife o brigadeiro Ramon
Borges Cardoso, diretor do Decea (diretor do Departamento de
Controle do Espaço Aéreo).
Base
O comando da Aeronáutica está
adaptando a base operacional de Fernando de Noronha e do Cindacta 3
(Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em
Recife, para receber os destroços do avião da Air France que fazia o
voo 447.
O destino dos destroços do voo 447
localizados pela FAB (Força Aérea Brasileira) no oceano Atlântico
será definido pelo governo francês. Como as investigações serão
tocadas pelo Centro de Investigação de Acidentes Aéreos da França, o
governo brasileiro não terá autonomia para decidir o que será feito
com o material.
Homenagens
Na manhã desta quinta, uma cerimônia
foi realizada na "[igreja da Candelária]http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u576542.shtml",
no Rio, para lembrar os 228 ocupantes do voo 447 --12 tripulantes e
216 passageiros, sendo 58 brasileiros, segundo a companhia aérea.
A Arquidiocese do Rio marcou para a
sexta-feira (5) uma missa em solidariedade aos parentes dos
ocupantes do avião desaparecido.
Em nota, a Arquidiocese informa que a
missa será celebrada na paróquia de Nossa Senhora do Carmo da Antiga
Sé (rua Primeiro de Março, esquina com rua Sete de Setembro), na
próxima sexta, às 18h.
Sem esperanças
Diretores da Air France informaram
aos familiares franceses de ocupantes do voo 447 que não há
esperanças de encontrar sobreviventes.
"O que está claro é que não houve
pouso. Não há possibilidade de os dispositivos de salvamento terem
sido acionados", afirmou nesta quinta-feira Guillaume Denoix de
Saint-Marc, acionado para ajudar no aconselhamento nas famílias de
vítimas.
Investigações
As investigações ficaram sob
responsabilidade da França, que ontem admitiu as dificuldades de
esclarecer as causas do acidente.
Os destroços serão levados para
Fernando de Noronha e, em seguida, para Recife. Segundo Jobim, as
peças serão entregues à França, país responsável pelas
investigações.
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Fonte:
folha.uol.com.br
Resgatam 16
corpos do Voo 447 da Air France
Fotos
do acidente no vôo AF 447
Submarino francês
busca caixa-preta do voo 447
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